De volta ao Rio, Evanescence comprova fã clube inabalável e hits certeiros

Foto: Adriana Vieira
Carismática, Amy Lee comandou uma cantoria sem fim no Vivo Rio
O Evanescence comprovou na noite deste sábado que seu fã-clube continua inabalável no Rio de Janeiro. Com quase todos os setores esgotados, o Vivo Rio foi cercado desde cedo por fãs da banda, que se dividiam entre as famosas camisas pretas e meninas travestidas de "Amy Lee Cover". A cantora é certamente o maior símbolo do grupo. Além de estampar as capas dos dois principais discos, ela é também quem escolhe as cartas, distribui e faz o jogo valer cada centavo. 

Após o estouro de Fallen, lançado em 2003, o Evanescence comove uma multidão de seguidores no mundo inteiro. O impressionante é que o grupo lançou apenas três discos de inéditas desde então, o que comprova ainda mais a força do repertório, que se sustenta de forma impetuosa por uma hora e meia na cantoria dos fãs.
Foto: Adriana Vieira
O guitarrista Troy McLawhorn e Amy Lee em ação no Vivo Rio
Por conta do hiato de quatro anos, o último disco do Evanescence continua sendo o mesmo de suas duas últimas visitas ao Brasil. Mesmo sem o êxito comercial dos dois primeiros trabalhos da banda, o homônimo álbum comprova força no show desta noite ao ceder sete canções para o repertório, incluindo a ótima "What You Want", que rola logo no início da apresentação - seguida do sucesso "Going Under". À frente de um público fiel (na maioria meninas), Amy Lee, cheia de tecidos azuis, escancara na cantoria. A vocalista mostrou que o tempo longe do rock não foi capaz impactar seu punch como boa cantora de sempre. 

Além das certeiras "Call Me When You're Sober", "Lithium" e "The Other Side", há também algumas surpresas escondidas, como "Even In Death", que saiu recentemente numa coletânea de hits da banda, e "Take Cover", que estará provavelmente num próximo disco de inéditas. Já a nova guitarrista Jen Majura foi muito cortejada pelas fãs, mas assim como a maioria dos outros integrantes, possui uma performance de palco mais reservada.
Foto: Adriana Vieira
Amy Lee chama a galera para cantar junto o sucesso "Going Under"
O show dessa noite acabou sendo fundamental no aspecto cronológico da coisa. Ele acontece há exatos 10 anos da primeira vez no Rio, que aconteceu nesta mesma data, no Rio Centro - durante a turnê The Open Door Tour em 22 de abril de 2007. A banda mostra que envelhece bem e renova o seu público a cada passagem pelo país. Pois é, pode não parecer, mas o megahit, "Bring Me To Life", que acabou fechando a primeira parte desta apresentação, beira uma década e meia de vida. Na volta para o bis, a banda decidiu encerrar a noite da mesma forma que faz no primeiro disco, com a versão firme e pesada de "Whisper".

Representados mais uma vez pelo talento de Amy Lee, o Evanescence deixou o Rio de Janeiro com a manutenção de seu fã-clube, e constatou a força de um repertório que sobrevive há mais de uma década. O único problema ainda é a falta de seqüência do grupo, que precisa de menos hiatos e mais discos novos e turnês para compensar sua legião de fãs.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
SOM-NA-CAIXA-2