O novo hard rock tem nome: Living Dead Lights


A banda americana Living Dead Lights é uma das maiores revelações da nova cena de Hard Rock mundial. Formado por Taka Tamada (vocais e guitarra), Alan Damien (guitarra), Martin Kelly (baixo) e Nick Battani (bateria), o grupo lançou em janeiro seu álbum de estréia - Black Letters [leia a review do álbum AQUI] – e foi destaque em revistas especializadas como Kerrang, Revolver, Rolling Stone, Metal Hammer, entre outras. O grupo é gerenciado por Doug Gouldstein, renomado agente dos Guns N'Roses - que é a maior influência do grupo - e pela GB Sound (Avenged Sevenfold, Alice Cooper e Marilyn Manson). Para você conhecer melhor essa nova sensação do rock/metal mundial, o Rock On Board conversou com o guitarrista Alan Damien, que falou sobre a origem do grupo e sobre a possibilidade de um show no Brasil ainda esse ano.

Tive o prazer de ouvir Black Letters, e a produção do disco torna as músicas bem contagiantes! Como foi o processo de composição desse novo trabalho, e de onde veio a inspiração para as letras?

Obrigado por ter apreciado o disco! Bem, passamos um tempo desenvolvendo as músicas no estúdio, ensaiando, e aprimorando na pré-produção do álbum também. Fomos abençoados por trabalhar com algumas pessoas muito boas no estúdio, que ajudaram a trazer o melhor para as músicas. Mas a verdade é que as canções foram escritas antes de entrarmos no estúdio, então bastou trabalharmos com amor. Isso foi suficiente para fazê-lo soar grande!

Você está satisfeito com o feedback que tem recebido?

Oh, lógico! Eu acho que qualquer pessoa que entende de rock e de metal, realmente abraçou esse álbum. Eu não quero ser pretensioso, mas realmente as músicas são fodas! Todos nós estamos muito orgulhosos!

Vocês lançaram recentemente o vídeo clipe para a música "This is Our Evolution". Soube que vocês trabalharam com PR Brown. Como foi isso? 

Foi muito intenso! Acho que gravamos o vídeo em um dos dias mais quentes do ano, e num local que se encontrava no meio do nada. PR Brown é ótimo! Ele trabalha rápido, e nós tivemos que correr atrás dele o dia todo!
  
Black Letters traz um som influenciado pelo Hard Rock 80's. Mas há também uma semelhança na proposta de bandas mais atuais como Papa Roach e Avenged Sevenfold. Você acha que uma nova era está surgindo no Hard Rock?

Foda! Espero que sim! Mas para que isso aconteça, a América precisa romper com a sua ideia sobre a cultura pop, que é uma merda e que parece conduzir o que a maioria do mundo escuta também! Os fãs de rock e metal precisam exigir essa mudança nas rádios, na TV e nas mídias on line também!

Conte como a banda se formou e qual é a história por trás do nome Living Dead Lights?

Basicamente estávamos todos em L.A. vivendo separadamente pelo mesmo motivo ... Perseguindo música! E eu acho que cada um de nós se encontrou pela mesma causa. Temos gosto e idéias sobre música e vida semelhantes! Eu (Alan Damien) e meu amigo Taka Tamada, estávamos habituados a escrever músicas juntos por diversão, e desenvolvemos uma boa amizade, além de um vínculo ao longo dos anos. Já Nick Battani e Martin Kelly já tinham estado em uma banda juntos. Agora, Taka já era amigo deles antes. O que aconteceu foi que, infelizmente, há alguns anos, o guitarrista morreu de uma overdose de heroína, e eles convidaram Taka para tomar seu lugar. Assim, meses depois, Taka e eu estávamos colocando LDL juntos. Ele trouxe esses caras e tudo funcionou em um nível musical perfeito! Mas para mim, o mais importante é que todos nós nos dávamos muito bem! Basicamente, o nome surgiu como uma mistura entre o filme "The nightmare of the living dead" ... E o velho ditado "I’m gonna knock the living day lights out of you."

O que você tem feito até agora e o que podemos esperar nos próximos meses? 

Nós vamos para uma turnê em Paris, França. Inclusive, estaremos filmando nosso novo vídeo em Paris também!

Alguma chance de vocês tocarem no Brasil esse ano?

Esperamos estar no Brasil no fim do ano! Não vemos a hora de tocar para vocês!

O que você sabe do rock brasileiro? Você poderia citar alguma banda brasileira que aprecia?

Bem... Eu era um grande fã do Sepultura na adolescência, e abri para o Soulfly há alguns anos atrás ... eles têm alguns fãs bem loucos!

Ouvi Black Letters pelo soundcloud. Muitas bandas olham a internet como uma ferramenta de promoção de valor inestimável. Como você enxerga essa ferramenta para as bandas novas, e como a rede ajudou o Living Dead Lights a divulgar sua música pelo mundo?

Eu não acho que as pessoas tenham escolha nesse momento (risos). Há tantas oportunidades e maneiras de alcançar as pessoas. Começamos no myspace e conseguimos fazer a banda chegar aos fãs de rock em todo o mundo! Tivemos alguma sorte na época, pois o myspace se desfez um ano após o grupo ter se formado. Então podemos dizer que tivemos alguma tração com as pessoas em todos os lugares, e ajudou muita na forma como somos vistos hoje! É ideal que você consiga fazer a música chegar lá fora, e consiga se promover da melhor maneira. O importante mesmo é entregar o produto mais genuíno possível. Eu realmente acredito que isso é o mais importante para você ter um último grupo aos olhos dos fãs!


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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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