Quem disse que não tem rock no Lollapalooza? Abrindo o segundo dia do festival debaixo de um sol escaldante, a Picanha de Chernobill confirmou a expectativa do Rock On Board com um show cativante. Se no release eles constam como um trio clássico de vocal, guitarra, baixo, bateria, ao vivo eles são muito mais legais e expansivos. No Lolla, o Picanha de Chernobill adotou um modelo big band, com metais, e até dançarinos.
Para quem não conhece, o som deles é calcado no rock setentista, de bandas como Lynyrd Skyrnyrd, por exemplo, mas trazem na proposta a origem brasileira, com violas, letras em português e referências nos temas abordados. Apostando em canções de própria autoria, como alegre "Fá, Fá, Fá", e "Os Loucos Tomaram Conta do Mundo", o Picanha de Chernobill mostrou para um pequeno público como se faz um show de rock digno, com guitarras excelentes, introdução de influências muito bem escolhidas e uma presença de palco certeira.
Uma pena apenas, que pouca gente pôde acompanhar a apresentação, seja por conta do desconhecimento do grande público, ou do horário, muito cedo, ainda mais por se tratar de um show num dos Palcos mais distantes de quem entra no Autódromo. A banda terminou a apresentação com "Brasil", evidenciando a relação cultural com a cultura do nosso país, numa canção que é introduzida por uma viola brasileira. Ótimo show.