Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
Os britânicos do Bush estão excursionando pelo mundo com sua Loaded: The Greatest Hits Tour e fizeram sua participação como um dos headliners do Lollapalooza 2025 neste domingo, 30 de março. Com um setlist baseado em seus primeiros álbuns, Sixteen Stone, Razorblade Suitcase e The Science of Things, que representam o auge da banda surgida na segunda geração do chamado "movimento grunge", iniciado em Seattle, nos EUA, na segunda metade dos anos 80, e que alcançou seus tentáculos em países como Inglaterra e Austrália, sendo justamente o Bush uma das grandes bandas do gênero produzidas fora da terra do Tio Sam.
Gavin Rossdale (vocal e guitarra), Chris Traynor (guitarra), Corey Britz (baixo e backing-vocal) e Nick Hughes (bateria) fizeram um show competente, se entregaram nos pouco mais de 50 minutos que tiveram e desfilaram grande parte de seus sucessos, concentrados, principalmente, em seus dois primeiros álbuns. Logo no início, Gavin mandou um "Beleza, São Paulo?" em bom português, desceu na pista para cantar junto com os fãs na música "More than Machines" (uma das duas faixas mais recentes que fizeram parte do setlist, junto com "Flowers on a Grave") e fez a alegria dos fãs mais exaltados. A banda foi empilhando hits, como "Machine Head", "Greedy Fly", "Comedown" e "Little Things".
Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
Talvez alguns pontos não muito positivos foram a versão, digamos, econômica de um dos grandes sucessos da banda, "Swallowed", e a pouca empolgação de boa parte do público, o que é normal em se tratando de grandes festivais. Mas, como sempre, a galera do gargarejo estava presente e cantando a plenos pulmões os sucessos noventistas.
O Bush de hoje é uma banda com som mais consistente, já há algum tempo trazendo elementos de rock industrial, e continua com ótima forma no palco. Em suma, "envelheceram" muito bem. Segundo Gavin Rossdale, estão trabalhando em um novo álbum, e até havia a expectativa sobre a possibilidade deles tocarem algo novo, mas, com tempo curto e talvez para manterem a coerência com o título da turnê, privilegiaram os clássicos. Um bom show, mas é provável que os shows em Curitiba (01/04) e Rio de Janeiro (02/04) sejam mais propícios para apresentarem novas canções. Afinal, o público será exclusivamente deles, e terão maior tempo no palco.