Rock in Rio Lisboa: Mesmo desfalcado, The Killers mostra força do repertório e faz show grandioso

Brandon Flowers liderou a performance com energia habitual
Por Marcelo Alves

O dia em que menos pessoas estiveram na Cidade do Rock reservou dois dos melhores shows do festival. Depois da excelente apresentação do Xutos e Pontapés, o The Killers subiu ao palco mundo para encerrar um hiato de cinco anos sem fazer shows em Lisboa. E a banda de Las Vegas compensou os seus fãs com um show irretocável. 

"Bem-vindos ao nosso maravilhoso espetáculo" - arriscou-se no português o vocalista Brandon Flowers, que antes já havia saudado o público com um “olá, malta!”, expressão que em português de Portugal significa galera. "Cinco anos é muito tempo entre nós" - reconheceu o vocalista. 

Desfalcado do guitarrista Dave Keuning e do baixista Mark Stoemer, que desistiram de sair em turnê do mais recente álbum, Wonderful Wonderful, lançado no ano passado, os Killers, agora resumidos a Brandon e o baterista Ronnie Vannucci Jr., levaram para a Cidade do Rock um set list em que repassaram toda a sua discografia composta de cinco discos. E sem medo de arriscar. Tanto que um dos maiores sucessos da banda, “Somebody told me”, aquela canção de riff inconfundível do primeiro álbum, Hot Fuss (2004), que fez a banda ficar conhecida no mundo, foi logo a segunda do show. 

Mas não havia problema, pois hoje o Killers acumula tantas boas canções e discos - Wonderful Wonderful é muito bom - que o show tem muito mais pontos altos e baixos. 

Sem o parceiro de composições Dave, Brandon é o líder do espetáculo. O cantor dita o ritmo e conduz a plateia. Pede para ela cantar e pular e esta obedece. Mostra carisma e presença de palco enquanto canta músicas como “Spaceman”, “Runaways” e “Ready my mind”, alguns dos pontos altos do show. Brandon parece se desdobrar para que 50% dos Killers soem como a banda original completa. E ele tem bastante sucesso nessa empreitada. Também porque o guitarrista Ted Seblay substitui Keuning com competência e chega a ter os seus bons momentos no espetáculo. 

A banda encerra o show com “Mr. Brightside”, sucesso do primeiro e um dos seus melhores álbuns, o Hot Fuss. Diante de uma plateia que não parou de pular e cantar as letras dos seus principais sucessos, o grupo teve sucesso em entregar um show digno de uma das principais atrações do festival. 

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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