O inesgotável Lionel Richie está de volta ao Brasil após nove anos com sua tour Say Hello To The Hits e mesmo não sendo um visitante assíduo do nosso país - são três visitas na sua carreira solo depois que saiu do The Commodores no final dos anos 70 -, seu show no The Town gerou bastante expectativa por toda sua carreira como cantor e hitmaker.
No alto dos 76 anos, Lionel Richie entrou com a esperada "Hello" (vide seus últimos shows). Mesmo sendo uma balada, foi uma escolha acertada para abrir o seu show, e se você discorda, é porque não viu as pessoas emocionadas cantando. O destaque foi o guitarrista brasileiro Grecco Buratto que emulou o solo original perfeitamente.
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A oitentista "Running With The Night" trouxe o clima da época para o palco e Lionel impressionou com uma vitalidade absurda, apesar da sua voz não ser a mesma de outrora, o que é completamente compreensível.
Os primeiros acordes do piano de "Easy" foi o suficiente para uma impressiva reação do público, e nem foi preciso pedir a ajuda para cantarem junto. E mais uma vez com Grecco tomando o protagonismo na frente do palco. Está com moral com o patrão, hein?
O clima romântico continuou com "Penny Lover" e a MARAVILHOSA "Stuck On You" com Lionel mostrando todo o seu magnetismo. Mais uma do The Commodores veio com "Sail On" embalando a plateia notoriamente mais velha do que o The Town costuma receber.
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"You Are" trouxe um pouco mais de velocidade ao material tocado e foi uma boa pedida para as pessoas dançarem para afastar um pouco do frio paulistano, sensação que foi embora com a arrasa-quarteirão clássica suprema do funk "Brick House". O público agradece.
Vamos de mais lentinhas com "Truly" e "Endless Love", essa sem a presença de Diana Ross, mas o público se incumbiu de substituir, e muito bem, a diva nas partes dela.
A montanha-russa sonora foi para cima novamente com "Dancing On The Ceiling", sucesso de 1986 e que tinha um videoclipe inovador que ajudou a popularizá-la na época, ainda com direito a uma breve citação no teclado de outro clássico oitentista, "Jump" do Van Halen, para então descambar em mais uma balada, "Say You Say Me", um dos seus maiores sucessos.
Pedindo por mais amor no mundo, a infalível "We Are The World", escrita em parceria com Michael Jackson para o projeto USA For Africa, trouxe vozes e celulares acesos. Por mais manjada que essa canção seja, não há como negar sua importância na história da música. Emocionante foi pouco, senhoras e senhores.
Alguém consegue ficar parado com "All Night Long"? Impossível é a melhor resposta e Lionel trouxe seus maneirismos para compensar a perda de voz citada no começo, mas ninguém pareceu se importar com esse detalhe no seu último momento no palco.
Mais um ótimo show na segunda edição do The Town. Lionel Richie é uma lenda da música e essa noite comprovou isso por completo em quase 1h15 de apresentação.
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