Aos 45 minutos do segundo tempo os californianos do Bad Religion foram convocados para a imprevista ausência do Sex Pistols e cumpriram bem seu papel como um dos headliners do evento. Em uma hora e quinze minutos de show, a banda liderada por Greg Graffin passeou pela sua discografia de 17 álbuns oficialmente lançados nos mais de quarenta anos de carreira.
O desafio era enorme: largar as férias para tocar no dia da independência do Brasil, como dito por Greg antes de tocar "You Are (The Government)". E a banda cumpriu muito bem seu papel, haja visto que, pela urgência dos fatos ocorridos, era de se esperar que o público presente não necessariamente seria um público habituado à banda. E foi o que se viu: uma banda competente, que usou bem seu tempo tocando 25 faixas.
Com um setlist pautado em músicas menos conhecidas do público em geral, começaram com "Recipe For Hate", faixa título do sétimo álbum da banda. E o que se viu na sequência foi um desfile por toda sua discografia. Os destaques, como era de se esperar, ficaram para o final, com o quinteto "21st Century (Digital Boy)", "Infected", "Cease", "Sorrow" e o sucesso radiofônico "American Jesus".
O público, em sua maioria, não se sensibilizou o tanto quanto a banda se esforçou no palco, mas era possível ver alguns mosh pits sendo formados. Mas o Bad Religion é uma grande banda da história do rock, tem uma importância inestimável e, mesmo que de última hora, enriqueceu o line-up do The Town com sua presença. Que as outras atrações por vir neste dia do rock no festival façam um show tão redondo ou melhor que os caras que reinventaram o punk rock nos anos 80!
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