"Eu não vou falar muito porque temos 7 álbuns para passar aqui. Só queria agradecer demais. Viemos pela primeira vez há 10 anos atrás e vocês continuam aqui, obrigado!" disse o vocalista Tomas Mars, logo após tocar a dançante "Armistice". Até a execução dessa música, não houve qualquer pausa para descanso - nem da banda e muito menos do público, que se esbaldou por cerca de 1h. E assim foi o show do Phoenix no Lolla.
Esta é a sexta vez da banda no Brasil e os caras parecem saber como as coisas aqui funcionam. Com um repertório de 14 músicas passando de forma exemplar, por toda a carreira, a impressão é que banda e público sabiam o que esperar um do outro. Era jogo ganho, principalmente para os fãs.
O Phoenix foi criado por quatro amigos de infância na cidade de Versalhes, na França, e toda essa sinergia do grupo pode ser comprovada ao vivo, pois todas as músicas são tocadas exatamente como as gravações. E seria isso um problema? Não para os fãs, que ainda contaram com uma questão estética das mais bonitas apresentadas no Lollapalooza. O efeito visual das luzes de palco combinavam perfeitamente com o ritmo dançante da bateria (e convenhamos, que performance do Thomas Hedlund! Batidas precisas lindas de se ver e sentir), riffs que colam no seu ouvido e melodias fáceis de lembrar. O Indie em sua essência, e claro: rock.
"Lisztomania" que é sua música mais famosa abre os trabalhos mostrando o que estava por vir. "Entertainment" tem uma bateria que chama a atenção de qualquer um, e não deixa ninguém parado. E, quando menos se espera, "Lasso" lava a alma do público. Era apenas a terceira canção do show e já a euforia já tomava conta da plateia.
Até em músicas mais calmas como "Too Young" e "Alpha Zulu", do ultimo álbum, de mesmo nome, a banda ainda tem o público em suas mãos. "Ti amo" tem uma produção de luzes que combinam com cada riff tocado. "If Ever Feel Better" traz o momento mais rock da apresentação e "Rome" faz muitos fãs debulharem em lágrimas.
Fechando com outro grande hit ("1901"), Tomas Mars desce do palco e corre todo o público da grade e na volta pula e mergulha nos fãs numa cena cinematográfica. Ele chega a ficar em pé, sendo levantado pelos fãs, e não esconde a expressão de agradecimento por tudo aquilo que estava vivendo. Na volta para o palco, Mars agradece o público e ao som de microfonias a banda sai do palco.
Phoenix fez um show de rock, sem mais: som alto, coeso, sem firulas e sem paradas. Essa essência verdadeira vai arrastar fãs por onde eles forem independente do tempo. Sempre.
Assista abaixo a nossa cobertura em vídeo do Lolla 2024