Primeira edição do The Town gera números impressionantes

Fã faz pose antes do show do Foo Fighters [Foto: Adriana Vieira]
 
Completando um mês após o início da primeira edição do The Town, que entrou para a história e para a agenda oficial de eventos bianuais dos paulistanos, a organização do novo festival divulga o impacto econômico para a cidade de São Paulo. Em cálculo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o The Town impactou a economia em R$ 1.9 bilhão, em efeitos diretos e indiretos para a cidade de São Paulo, ultrapassando a estimativa divulgada anteriormente de R$ 1.7 bilhão. Foram 23,4 mil postos de trabalho gerados pelo evento, entre diretos e indiretos. Apenas em tributos, o festival e os fãs geraram gastos na ordem de R$ 213 milhões.

“Os números estimados para o The Town já eram grandiosos e agora, com a confirmação da FGV vemos que entregamos ainda mais. Movimentar a economia da Cidade desta forma é fundamental. Mais dinheiro entrando significa mais aporte também em cada um dos setores. Isso contribui para a transformação de realidades. A cada edição vemos um aumento destes números e se já foi assim na primeira edição, imagina nas próximas”, celebra Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa responsável pelo The Town e Rock in Rio.

Para calcular o impacto econômico do festival, a FGV trabalha com uma metodologia que inclui uma análise dos gastos diretos da organização do evento, do público do festival, além das marcas. Os impactos indiretos também foram calculados e eles correspondem à movimentação econômica gerada na cadeia produtiva da realização do The Town.  Os números reforçam o quanto o setor de eventos impacta a economia do país como um todo.

“O The Town é um evento de entretenimento que podemos chamar de um megaevento. Ele possui um impacto econômico na ordem de 1.9 bilhão de reais. Esse valor é muito considerável e os fatores que levam a garantir um impacto dessa grandeza são: os grandes gastos relativos à realização do evento. Ou seja, ele é um evento que, por sua característica, por sua estrutura e pela sua forma de organização, possui um elevado montante de gastos para sua organização e operação. Um grande número de pessoas de fora da cidade de São Paulo indo assistir aos shows. Com isso, a economia circula, um novo dinheiro entra na cidade, vindo de outros estados, de outras cidades, o que faz com que tenhamos um grande volume. Diferente da pessoa que já mora em São Paulo, esses megaeventos trazem fãs que se hospedam em hotéis, em casas alugadas, precisam ir a restaurantes, se locomover de táxi, Uber, ou transporte público, aumentando o impacto econômico. E, por fim, a cidade de São Paulo consegue absorver grande parte dos gastos para a realização do evento, ou seja, fazendo com que o multiplicador econômico seja ainda maior”, afirma Luiz Gustavo Medeiros Barbosa, gerente-executivo da FGV Projetos, que conclui: “Esses são os pontos fundamentais e porque esses grandes eventos trazem uma movimentação econômica e um impacto na economia das cidades tão significativo”.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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