Foto: Adriana Vieira
No time das grandes sumidades artísticas vivas, Ney Matogrosso brindou o público do The Town com um show histórico, no quesito repertório, e também dada a devida importância de celebração. Vale lembrar que um dia antes de sua apresentação no Palco The One, ele promoveu um dos momentos mais simbólicos desse festival, ao cantar "América do Sul", no Palco Skyline, com um show de luzes (das famosas pulseirinhas do Coldplay) - fazendo referência ao show de abertura do Rock in Rio, em 1985.
Com uma banda de apoio simplesmente afiada, Ney despejou um conjunto de canções que contam um pouco da história musical brasileira, que foi exportada mundo afora por artistas do quilate de Raul Seixas ("Uma Maçã), Chico Buarque (Yolanda), Os Paralamas do Sucesso (Ó Beco) e Cazuza (Poema). Rita Lee, que faleceu em maio deste ano, foi citada em dois momentos da apresentação, com "Jardins da Babilônia" e "Corista de Rock". Aos 82 anos de idade, o cantor impressionou pela ótima forma vocal e também pela boa presença de palco, que inclui as dancinhas, coreografias e todos os trejeitos que marcam sua carreira.
Foto: Adriana Vieira
A apresentação, que ocorria ainda sob a luz do sol, reuniu um bom público no Palco The Town, mas como já era de se esperar, menos concorrido do que o show de Luíza Sonza, que desde o Rock in Rio 2022, vem sendo figura carimbada em tudo que é canto dos festivais organizados pela produção. Sobre o público do dia, um encontro de gerações lotou a Cidade da Música por conta de Bruno Mars, artista hypado principalmente entre os jovens. Com isso, Ney Matogrosso conseguiu atrair uma galera mais "madura", que na grande maioria, estava lá acompanhada de seus filhos, muitos menores de idade, que precisavam de um responsável.
De ponto negativo, a ausência de mais sucessos de sua carreira. No setlist, apenas uma de Secos & Molhados ("Sangue Latino"), e uma de seu trabalho solo, "Homem com H", que inclusive fechou a apresentação.
