Coldplay supera chuva em show multicolorido no Rock in Rio

Chris Martin e o multicolorido show do Coldplay [Foto: Stephanie Rodrigues]
 
Mesmo debaixo de uma insistente chuva, o Coldplay deu ao público o que dele se esperava: um show multicolorido, cheio de efeitos pirotécnicos e repleto de momentos de interatividade. Entre tantos atrativos visuais, o repertório acabou ficando em segundo plano (embora os fãs discordem dessa afirmação), ao ponto da banda tocar duas vezes "Viva La Vida", porque teoricamente, Chris Martin não teria ficado satisfeito com a primeira execução (será que vem algum DVD ou registro por aí?). 

Voltando a fazer uso das pulseiras que brilham e mudam de cor a cada canção, o público coloriu a Cidade do Rock durante toda a apresentação, trazendo um visual deslumbrante mesmo com a chuva. Canções como "Adventure Of A Lifetime", por exemplo, com sua sonoridade de discoteca, combinou com as luzes que brilhavam e piscavam a todo momento.

O setlist foi baseado em seu último disco, Music Of The Spheres, com cinco canções no total. No entanto, a banda botou o público para cantar forte no início com o superhit "Paradise". Em "The Scientist", executada num segundo palco, mais a frente, Chris Martin repetiu o Rock in Rio de 2011, ao introduzir um trecho de "Mais que Nada", de Jorge Benjor. "Yellow" (com pulseiras acesas na cor amarela) e "Clocks" voltaram a fazer a Cidade do Rock cantar alto e uma chuva de papéis picados sobrevoou o Rock in Rio.

Após a versão unificada ao BTS de "My Universe", Chris Martin pediu aos fãs que guardassem seus celulares para a próxima canção. E lá veio "Something Just Like This", gravada com o Chainsmokers, dupla conhecida por bombar na música eletrônica. Numa escolha bastante questionável, para não dizer ruim mesmo, a banda tocou "Magic" com Chris Martin tentando cantar em português, colando a letra de um papel. Não ficou lá muito legal, mas os fãs foram ao delírio mesmo assim. Porque os fãs de Coldplay gostam desses "momentos Chris Martin" nos shows do grupo. E gostam mais ainda quando no fim da música, um bolo de aniversário entra no palco para um "parabéns para você" dedicado ao guitarrista Johnny Buckland, que completava 45 anos de idade.

Entre um sucesso menos cultuado ("Fix You") e uma arrasa quarteirão ("Clocks"), o Coldplay segue arrebatando grandes públicos com seu formato dedicado ao show visual e espalhafatoso. Tanto que a banda volta no próximo mês para uma agenda lotada no Brasil, com mais oito shows em grandes estádios. Mesmo com o grupo não tendo lançamentos de discos recentes com o impacto de outrora, os seus shows parecem causar um fenômeno diferente em quem assiste.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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