Green Day justifica posto de headliner e faz o melhor show do Rock in Rio

O Rock in Rio ainda não acabou, mas será difícil alguém tirar do Green Day o posto de melhor show do festival. Em duas horas de apresentação, a banda liderada pelo carismático e inquieto Billy Joe, apresentou tudo o que é necessário para um grande show de rock: energia, catarse popular, presença de palco, ótimo repertório e domínio de palco invejável.

A banda já entrou com "American Idiot", hino rock do grupo, que funcionou como injeção de adrenalina aos que resistiam de pé a maratona diária que é o Rock in Rio. A sequência com outro hit do mesmo álbum ("Holiday") e o rockão "Know Your Enemy" (com a presença de uma fã no palco cantando com Billy Joe) mantiveram a energia lá em cima, até que "Boulevard Of Broken Dreams" botou a Cidade do Rock inteira para cantar e promoveu um pedido de casamento no palco. 

Tocar três músicas do famoso álbum de 2001 logo de cara, com a energia de palco imposta pelo grupo, já tinha dado jogo ganho ao Green Day, que não sentou na vantagem. 

A dobradinha "Longview" e "Welcome To Paradise" do petardo Dookie, levou ao delírio os fãs noventistas. O mesmo aconteceu com "When I Come Around" e "Hitchin' a Ride", que contou com uma pequena introdução de "Iron Man" do Black Sabbath. Destaque para o ótimo baterista do grupo, Tré Cool, que segura a energia lá atrás e mandou um dos poucos solos de bateria do Rock in Rio. 

Mesmo com ótimo repertório, a banda não deixou de lado as versões despojadas para divertir a galera e os momentos de descontração. "Rock And Roll All Nite" do Kiss foi padrão para o público Rock in Rio, que cantou o refrão a plenos pulmões. Outra cover ("Knowledge" do Operation Ivy), mas essa já bastante conhecida pelos fãs, teve a participação de uma fã tocando guitarra com o grupo. Não deu tempo nem para pegar um ar, e lá veio o super hit "Basket Case", que promoveu um dos momentos mais catárticos da noite. 

Utilizando os telões de forma impressionante, a banda promovia uma espécie de interatividade com o público e dava uma ambiência ainda mais especial ao show. O artifício também foi utilizado de forma muito bem sacada por Billy Joe, que esbanjava simpatia e carinho com os fãs.

Na parte final, a maior balada da história do Green Day, "Wake Me Up When September Ends", foi cantada de forma uníssona pela Cidade do Rock. O show que já estava consagrado, teve um encerramento ainda mais marcante com a inclusão de última hora do hit "Good Riddance (Time of Your Life)", cantada por Billy Joe num momento voz e violão, até que fogos de artifício iluminaram o Rock in Rio para comemorar o melhor show desta edição.

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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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