'Temple Of The Dog', álbum essencial para grunge de Seattle, completa 30 anos

Temple Of The Dog foi o primeiro álbum gravado por Eddie Vedder

Por  Rafael Rodrigues 


Temple Of The Dog, álbum homônimo e único trabalho de estúdio desse supergrupo de Seattle, completa hoje trinta anos de lançamento. Esse é um disco essencial para o movimento musical que ocorreu no final da década de oitenta e início da década de noventa em Seattle. O resultado dessa reunião de amigos, num momento de transição de suas carreiras, é considerado uma pedra fundamental no rock noventista e é visto como uma obra-prima do chamado, grunge.


Onde tudo começou...

Em uma época em que os músicos do noroeste dos EUA ainda não faziam tanto sucesso, ocorreu uma tragédia na cena: o mais promissor de seus artistas teve uma overdose e faleceu aos 23 anos. Andrew Wood, performático frontman da localmente famosa Mother Love Bone, pegou muito pesado nas drogas e perdeu sua vida um pouco antes do álbum de estreia da banda (Apple) chegar na praça. 


Com videoclipe passando na MTV e diante de toda história que seguiu a frente, não é difícil imaginar que Andrew seria mais um dos rockstars que surgiram naquele borbulhante ambiente cultural de Seattle. O fato é que sua morte deu origem a duas das maiores bandas da década, sendo uma dessas o Temple of the Dog - a outra seria o Pearl Jam.


Um álbum inspirado pela perda

Temple Of The Dog, o álbum, inicia com uma “carta” a Andy Wood, “Say Hello to Heaven”, tem composições muito bem-feitas, melodias bem construídas e letras fortes, compostas pelo saudoso vocalista do Soundgarden, Chris Cornell, em seus momentos de maior tristeza pela morte de seu amigo e divisor de apartamento, Andy Wood. São dez faixas de extrema qualidade, que flutuam entre o Hard Rock, Grunge e Heavy Metal.

 

Para quem só conhece "Hunger Strike", música que apresentou Eddie Vedder ao grande público, literalmente vê só a ponta desse iceberg que é Temple of the Dog. O disco é curto, não chega a uma hora, mas sua audição é essencial para quem gosta de um bom disco de rock’n roll, baseado em ótimos vocais, com a melancolia muitas vezes necessária para o gênero, e que traz a nata de Seattle antes mesmo do sucesso absoluto, conquistado, diga-se de passagem, com todo mérito. Essencial.

RAFAEL RODRIGUES

Carioca, flamenguista e apaixonado por música! Flutuando entre o mundo corporativo e o lúdico musical. Algumas dezenas de shows cobertos e resenhas escritas, na aventura do rock'n roll desde sempre, escrevendo sobre há quase uma década!

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