Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
Para quem não é grande fã de trap, e foi para o The Town em busca de mais musicalidade, uma grata surpresa foi o artista nigeriano, Burna Boy, que se apresentou no Palco Skyline. Trazendo um misto de afrobeats com reggaeton, Burna conquistou o público que já começava a ocupar lugar em busca de um espaço melhor para assistir o show de Travis Scott.
Com muito carisma, o artista fez uma apresentação cheia da energia, comandando um mar de cabeças que pulou, balançou aos mãos de um lado para o outro e dançou até a última canção. Para quem nunca viu Burna Boy ao vivo, e se deparou com um palco cheio de dançarinas, a expectativa pode ter sido de mais um artista baseado no pop contemporâneo. Mas, na verdade, a galera acabou sendo sugada para uma vibe que fez lembrar os bailes dos tempos áureos. O set do Burna Boy teve todos os seus grandes sucessos, como "City Boys", "Ye", "Bundle By Bundle" e "Last Last".
Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
Em "No Sign Of Weakness", canção de raízes africanas latentes, ele tirou a blusa e pediu para a galera pular e sacudir as mãos - e é claro, foi atendido. A origem sonora de sua terra natal é evidente em quase todo o seu material, até mesmo quando faz uso de ingredientes mais contemporâneos. E isso acontece principalmente por seu estilo de canto, de sotaque carregado e batidas beats. "Talibans II" é um grande exemplo disso. Há também boas utilizações de sopros e levadas reggae, que parecem ganhar corpo em seus shows, como é o caso da ótima "Gbona", que no palco traz esse upgrade instrumental.
Um dos trunfos desse show é o fato de se manter constante em sua proposta sonora, o que acaba mantendo o público grudado no palco quase que o tempo inteiro. As canções, em sua maioria também são curtas, com duração média de 3 minutos. "Anybody" é uma delas, que traz ainda a boa participação dos vocais de apoio, que fazem a unção melódica ao ritmo dançante de Burna Boy.
Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
No final, uma chuva de papeis picados deu o tom exato da apresentação em ritmo de festa africana que foi o show, que já pode entrar na lista dos mais legais desse The Town 2025.
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