Machine Head não deixa pedra sobre pedra com ‘Unatøned’

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Capitaneados pelo incansável guitarrista e vocalista Robb Flynn, o MACHINE HEAD, há 34 anos na estrada, acaba de lançar seu décimo primeiro álbum de estúdio, o furioso ‘UNATØNED’!

Alguns singles vêm sendo liberados nos últimos meses e o que temos aqui não chega a ser surpresa, aliás, é a mesma pancada a que acostumamos ouvir da rapaziada da Bay Area, cru, pesado e direto na fronte!

A vinheta de abertura ‘Landscape øf Thørns’ são os 30 segundos de calmaria que você terá daqui em diante! ‘Atømic Revelatiøns’ chega com um delicado piano, mas bastam 3 segundos para a desgraceira te impactar! Apesar do bonito refrão, aqui ouvimos riffs para destroncar o pescoço!

A insanidade permanece e continua com a já conhecida ‘Unbøund’, lançada anteriormente como single. Riffs poderosos e muito groove, com aquele vocal que Robb Flynn aprendeu a ensaiar no fundo das cavernas, ouvindo muito Max Cavalera, sem esquecer o refrão pegajoso no melhor estilo Mastodon de ser.

A banda hoje tem, além de Robb Flynn, o baixista Jared MacEachern, o baterista Matt Alston e Reese Scruggs, na segunda guitarra.

A próxima faixa é ‘Øutsider’, mereceu um caprichado videoclipe, lançado no mesmo dia do álbum, dirigido por David Parada, com Robb Flynn como ‘diretor criativo’, que foi gravado durante show da banda em San Antonio, na atual turnê norte-americana dos rapazes. Novamente temos peso, groove, riffs cortantes e refrão para cantar junto, alternando climas na mesma canção.

‘Nøt Løng øf This Wørld’, trás um clima soturno, denso, que não quero chamar de ‘balada’, pois essa denominação me faz ter a ideia de algo doce e delicado, e, definitivamente, não é este caso! A canção é sombria, lenta e triste.

‘These Scars Wøn’t Define Us’ já chega arrombando a porta! Ao passo que ‘Dustmaker’ são pouco mais de dois minutos de experimentalismo puro. E chegamos a outra conhecida, lançada como single anteriormente: ‘Bønescraper’, outra pancada no melhor estilo da banda.

‘Addict tø Pain’, ‘Bleeding Me Dry’, ‘Shards øf Shattered Dreams’ se sucedem no álbum e seguem a cartilha bem sucedida da banda: riffs poderosos, som vigoroso, alternância de climas, do visceral ao leve, porém sombrio, vocais que se misturam, do gutural ao tranquilo, refrões pegajosos que o público adora e energia de sobra, do início ao fim!

‘Scørn’ é a última, e talvez mais bonita, canção de ‘Unatøned’, tem letra que faz críticas a religião que fariam um pastor ter vergonha de existir. O álbum foi composto na estrada mundo afora e trás energia de sobra! Um grande álbum, que vale a pena a audição.