Elephant Run lança clipe com uso sensível da inteligência artificial

Foto: Reprodução (cena do clipe 'Your Head First')

Audiovisual de música presente no debut Leftlover Land concorre na categoria inovação nacional

Elephant Run, banda de rock alternativo do selo e produtora +um Hits (@maisumhits), finalista do m-v-f- awards 2024 do conceituado Music Video Festival, acaba de lançar mais um videoclipe, desta vez para 'Your Head First'. A música está no último disco, Leftover Land.



Assim como no clipe anterior, o diretor é Pedro Bayeux (@pedrobayeux), que ambientou 'Your Head First' em um universo com semelhanças a São Paulo, onde criaturas fantásticas refletem angustia, melancolia e incertezas da vida em meio ao caos.

"Gentrificação e solidão, em que sonho retém a subjetividade do ser humano perante um ambiente noir, soturno, porém paradoxal, onde vivem seres imaginários e heróis possíveis", contextualiza o diretor.

'Your Head First' foi criado por meio do uso sensível da inteligência artificial ao longo de seis meses. Como explica Bayeux, a produção buscou um caminho de experimentos visando criar personagens e cenas em que a AI apresentasse narrativas poéticas às cenas.

Bayeux recebeu carta branca da Elephant Run para criar o clipe de 'Your Head First'. Dessa vez, ele apareceu com uma proposta bem diferente. "Se o primeiro clipe era super colorido e vibrante, agora ele quis explorar um visual em preto e branco, mantendo o uso de inteligência artificial. A gente amou esse contraste e também porque a música tem uma atmosfera que combina com essa estética", comenta a banda.

'Leftover Land', o álbum como um todo, fala sobre as lutas internas e os sistemas que nos moldam, empurrando o indivíduo para uma realidade caída, não muito promissora, onde é difícil fazer a coisa certa. 'Your Head First' se passa nesse mundo sombrio, onde é mais fácil desistir, seguir as regras e só ir na onda, mesmo que isso signifique abrir mão do que é certo só para sobreviver nesse sistema viciado.

A banda, formada por Amanda Wahlström (voz e piano), Fernando Coelho (guitarra), Renato Cortez (baixo) e Ladislau Kardos (bateria), revela o impacto ao assistir o clipe de 'Your Head First' pela primeira vez. "Ficamos todos meio chocados - tão certeiro! O Pedro realmente pegou a música, seu clima, sua sátira, sua essência, e transformou tudo isso em um universo visual que ficou perfeito. O toque industrial, o preto e branco, o humor, os personagens e suas expressões... é realmente uma extensão da música".

Foto: Juarez Godoy

Próximo álbum

O próximo álbum, adianta a Elepanht Run, explora o que está oculto, mas ainda assim afeta o ser humano. Ele mergulha nas pequenas coisas que influenciam vidas, abraçando o desconforto daquilo que não se consegue compreender totalmente.

"Ao lado dos sons clássicos e familiares do Elephant Run, a banda também explora novos gêneros, levando sua música a novos territórios", complementa o quarteto sobre o que vem por aí em um próximo álbum.

Elephant Run, a biografia

Elephant Run, Amanda Wahlström (voz e piano), Fernando Coelho (guitarra), Renato Cortez (baixo) e Ladislau Kardos (bateria), é uma banda formada entre continentes e que transforma distância em som.

A sua música é influenciada por culturas de duas cidades distantes: uma baseada em uma tempestade tropical nórdica de tensão silenciosa que se transforma em explosões de energia, vinda de Malmö, na Suécia, e outra com um som que parece ao mesmo tempo imprevisível e inevitável, de São Paulo, Brasil. Mas, aqui, não se trata de onde eles vêm, mas de como eles se encontram na música e para onde o som deles nos leva.

Embora ainda esteja nos estágios iniciais de sua jornada, a Elephant Run já está fazendo barulho na cena. O videoclipe de “Urubu”, criado por Pedro Bayeux usando inteligência artificial, foi indicado na categoria Inovação no MVF Awards 2024. Essa é uma prova da visão criativa do grupo e da sua vontade de ultrapassar limites.

A Elephant Run também tem despertado a atenção de críticos musicais de respeito no cenário musical, como Marcelo Costa (Scream & Yell), que denominou seu som de “difícil de resistir” e elogiou a capacidade de “misturar camadas e texturas em uma experiência musical hipnótica”. Alexandre Gossn, por sua vez, descreveu suas apresentações ao vivo como “um ritual musical hipnótico”, acrescentando: “Elephant Run pode não ser a banda que você espera, mas é exatamente a banda que todos nós precisamos”.

Em 2024, a Elephant Run embarcou em sua primeira turnê brasileira, para se apresentar em casas de shows reconhecidas do universo indie, incluindo um show com ingressos esgotados no Bar Alto, em São Paulo. Essas apresentações não apenas solidificaram sua reputação como uma banda que entrega alta performance ato ao vivo, mas também possibilitaram um avanço importante na construção de sua crescente base de fãs.

Seu último álbum, “Leftover Land”, foi lançado em todas as plataformas digitais em abril de 2024 e em vinil em agosto de 2024. O trabalho é uma prova do talento artístico e ambição da Elephant Run. O LP colorido e de edição limitada apresenta obras de arte impressionantes do guitarrista Fernando Coelho, que também é um artista de colagem analógica. Esta abordagem multidisciplinar reflete o compromisso da banda em combinar música e arte visual em uma experiência coesa e envolvente.

Agora, com Amanda de volta à Suécia, a banda continua trabalhando remotamente, com os demais integrantes no Brasil, preparando-se para o terceiro álbum. Gravado durante uma intensa sessão de dez dias no isolado e recém-construído estúdio Mato Records, em meio as montanhas de São Lourenço (MG), o novo álbum será uma celebração da resiliência, da criatividade e do vínculo único que os mantém conectados – não importa a distância. Elephant Run está prestes a dar o próximo grande salto.

Foto: Juarez Godoy

Acompanhe a banda



Ricardo Cachorrão

Ricardo "Cachorrão", é o velho chato gente boa! Viciado em rock and roll em quase todas as vertentes, não gosta de rádio, nunca assistiu MTV, mas coleciona discos e revistas de rock desde criança. Tem horror a bandas cover, se emociona com aquele disco obscuro do Frank Zappa, se diverte num show do Iron Maiden, mas sente-se bem mesmo num buraco punk da periferia. Já escreveu para Rock Brigade, Kiss FM, Portal Rock Press, Revista Eletrônica do Conservatório Souza Lima e é parte do staff ROCKONBOARD desde o nascimento.

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