Parece
que foi ontem, mas, já completou um ano de lançamento do grande disco de 2024,
“Perpétuo”, álbum do BLACK PANTERA
considerado o melhor do ano por inúmeras publicações, incluindo em nossa
pesquisa anual da Rock On Board.
E
para comemorar, nada melhor que a coincidência da data ser justamente na
apresentação da banda na 20ª edição da Virada Cultural, evento mais importante
do calendário cultural de São Paulo, com mais de 1.000 atrações espalhadas por
toda a cidade, com ênfase na periferia e, o mais importante, tudo
gratuitamente. A parte chata é que também coincidiu com a apresentação da banda
ícone BUZZCOCKS, no mesmo horário no
Carioca Club, mas, sem o vocalista Pete Shelley, infelizmente falecido há quase
7 anos, preferi os amigos mineiros.
Para
esta apresentação mais que especial, os meninos de Uberaba convidaram amigos
importantes: Cannibal, da banda DEVOTOS,
Natália
Matos, vocalista da PUNHO DE
MAHIN e Clemente Nascimento, vocal e guitarra dos INOCENTES e da PLEBE RUDE,
que em comum tem a representatividade preta no rock and roll! Coincidentemente,
essas três bandas tocaram em sequência um pouco antes do outro lado da cidade,
na mesma Virada Cultural, foram atrações no palco da Casa de Cultura do
Butantã.
No
Sesc Belenzinho, com estrutura física e de equipamentos acima da média, onde
sempre somos muito bem recebidos, o público lota a casa e ainda existe fila de
pessoas que não conseguiram os concorridos ingressos, mas, com jeitinho, coube
todo mundo! E, com gravação dos Originais do Samba para introduzir, Charles
Gama, Chaene da Gama e Rodrigo Pancho sobem ao palco para
iniciar a festa com “Provérbios”, faixa que abre o disco “Perpétuo”.
Mantendo
a adrenalina lá no alto, emendam duas pancadas: “Padrão é o Caralho” e “Boom!”,
para logo em seguida convidarem ao palco o primeiro amigo da noite, e vem
Cannibal, que conta a história de um clássico de sua banda e tocam “Eu Tenho
Pressa”, da Devotos. “Abre a roda e senta o pé” vem coladinha e “Punk Rock
Hardcore Alto José do Pinho”, pro pogo se manter insano.
Com
introdução de “Olho de Tigre”, do rapper mineiro Djonga, na voz de Chaene,
a banda manda a sempre ovacionada “Fogo nos Racistas”, festa bonita de se ver.
O hit “Tradução”, com letra de Chaene em homenagem à sua mãe, Dona Guiomar, é a
próxima música, cantada por todos a plenos pulmões.
Agora
temos uma convidada no palco, Natália Matos, que junto da banda canta “A
Carne”, de Elza Soares, numa versão que o Black Pantera já faz há alguns
anos, e tem refrão pesado e marcante: “a
carne mais barata do mercado é a carne negra”, com um clássico na
sequência: “Negro Drama”, dos Racionais MC’s, na voz de Chaene e
Natália. Para encerrar a participação da moça do Punho de Mahin, “Candeia”,
outra faixa de “Perpétuo”, que deixa claro o recado: “somos vela que incendeia a casa grande”.
Charles e Natália Matos - Foto: Ricardo A. Flávio |
A já tradicional roda das meninas se faz presente, hábito que herdaram da Devotos, que faz isso há muitos anos, e o Black Pantera passou a fazer depois em que as bandas dividiram palco no Rock in Rio. O show vai caminhando e desta vez uma novidade, uma roda só de crianças, para alegria da molecada.
E
chega o último convidado da noite, Clemente Nascimento, que tocou minutos antes
com os Inocentes do outro lado da cidade, correu para a Zona Leste de moto a
tempo de participar da festa e dividiu palco com a banda em “Seleção Natural”,
último e recente single lançado pelo
Black Pantera. Na sequência, o clássico inocente “Pânico em SP” e encerrando a
noite, “Boto pra Fuder”, com todos os convidados no palco: Cannibal, Natália,
Clemente e também Camila Araújo, guitarrista da Punho de Mahin, que também
estava nos bastidores, dividem os vocais com Charles, Chaene e Rodrigo. Que
festa!
Fim
de show e a banda atende pacientemente a cada fã que aguardou para uma foto ou
autógrafo, a simpatia mineira é sempre garantida! Para desespero da segurança e
alegria do público, que aumenta a cada dia. Sucesso ao Black Pantera!
Foto: Divulgação Black Pantera |
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Black Pantera
Sensacional✊🏽🖤🖤🖤
ResponderExcluirValeu, pequena Mel!
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