Pentagram - Foto: Ricardo A. Flávio |
A Powerline Music & Books trouxe ao
Brasil a turnê de celebração Latin
America Rituals 2025 dos norte-americanos ícones do doom metal PENTAGRAM em
duas concorridas datas, em Curitiba e São Paulo. E o fim de tarde de domingo,
na região da Barra Funda, em São Paulo, mostra toda a devoção do público do
metal aos seus ídolos: não importa o calor, muita roupa de couro, maquiagem
pesada e todos de negro, é prenúncio de ritual!
A
festa começou cedo e, para abrir os trabalhos, chega a banda mineira PESTA, que empolgou com um show
energético e com muito peso! Na estrada desde 2014, os mineiros de Belo
Horizonte Thiago Cruz, vocais, Marcos Resende, guitarra, Anderson Vaca, baixo e
Flávio Freitas, bateria, em um set de aproximadamente 40 minutos deram muito
bem seu recado, demonstrando claramente a felicidade de dividir palco com uma
de suas referências. “Faith Bathed in
Blood” é seu último álbum, de 2019, e a banda, com peso, qualidade e grande
presença de palco de seu vocalista fez bonito.
Pesta - Foto: Ricardo A. Flávio |
Curto intervalo e sobe ao palco o WEEDEVIL, banda formada em 2019 pelo baterista Flávio Cavichioli (Forgotten Boys / Pin Ups), que hoje conta com Carol Poison, vocais, Henrique Bittencourt, guitarra, Jimmy Olden, guitarra e Cláudio Funari, baixo, e chega com o recém-lançado álbum “Profane Smoke Ritual”, e nesta apresentação fez a gravação de um novo álbum, agora ao vivo. Apesar da curta carreira, a banda já tem um grande número de fieis fãs e não decepciona, faz um show que agrada em cheio a todo o público, que nesta altura já lota a casa.
WeeDevil - Foto: Ricardo A. Flávio |
É chegada a hora que todos aguardam: PENTAGRAM sobe ao palco para delírio de todos e o clima no Fabrique Club é de total contemplação e devoção. A banda foi formada em 1971, mas passou a década de 70 quase que anonimamente, lançando seu primeiro álbum completo apenas em 1985 e, contando apenas com o vocalista Bobby Liebling, aquele do meme famoso com os olhos esbugalhados, da formação original.
Bobby
chega ao Brasil acompanhado de nova formação da banda, o guitarrista Tony Reed,
que sobe ao palco tomando uma garrafa de whisky pelo gargalo, Scooter Haslip,
no baixo e Henry Vasquez, na bateria, e abrem o show com “Live Again”, faixa que abre o novíssimo álbum “Lightning in a Bottle”,
lançado no último dia de janeiro deste ano. O álbum é novo, mas o som é o que estamos
acostumados, pesado e sombrio, o autêntico doom
metal que todos esperam deles.
Pentagram - Foto: Ricardo A. Flávio |
O show segue com “Starlady”, do disco “Show’Em How”, de 2004, que precede “The Ghoul”, a pesadíssima faixa do primeiro álbum da banda, “Pentagram”, 1985, (relançado como “Rentless”, em 1993), de onde foi tirado o famoso meme de Bobby Liebling, de uma gravação de um show em San Diego – CA, em fevereiro deste ano.
“I Spoke to Death”, outra do último disco
chega bem recebida. A banda faz um set curto, em uma hora de palco desfila onze
petardos, em que mesclam faixas novas com outras mais antigas e encerram com
outra do último disco: “Walk the
Sociopath”!
Ovacionados
pelo público que urra “PENTAGRAM! PENTAGRAM!” desde o início da apresentação,
retornam para o bis com “Forever My Queen”,
do disco “Review Your Choices”, de 1999, e encerram o culto com “20 Buck Spin”, do disco de estreia, de
1985.
Uma
noite e tanto, com casa cheia, para quem aprecia música pesada, um público
devoto, que faz do metal não apenas um gosto musical, mas um estilo de vida.
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