Em sua sexta passagem pelo Brasil, Keane se apresentou com casas cheias e ingressos esgotados em Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. A Rock On Board te conta como foram os shows no sudeste.
Com um medley que trazia as partes mais fortes das músicas do álbum "Hopes and Fears", celebrado nesta turnê de 20 anos, a banda Keane entrou no palco sendo ovacionada pelo público que lotava o Vivo Rio, casa que recebeu a passagem da banda na cidade maravilhosa no dia 7.
O grupo formado por Tom Chaplin nos vocais, Tim Rice-Oxley no piano, Richard Hughes na bateria e Jesse Quin no baixo havia preparado uma surpresa para o público carioca: a inclusão de "The Frog Prince", música que o Keane não tocava ao vivo há 14 anos.
O Rio de Janeiro foi a segunda cidade brasileira a receber a turnê, que começou em Curitiba no dia 5. A turnê Keane20 marca o vigésimo aniversário do álbum de estreia da banda, que foi tocado na íntegra durante a setlist.
A banda é conhecida em todo mundo pela alta qualidade técnica em suas performances ao vivo, sempre muito próximas das versões de estúdio. Duas décadas depois de seu primeiro sucesso, “Somewhere Only We Know”, Keane mostrou que o tempo foi generoso com eles.
O show de mais de duas horas teve início com a imponente “Can’t Stop Now”, uma das faixas que compõem o álbum “Hopes and Fears”, que levou a banda ao topo das listas de música em 2004.
Em seguida, vieram “Silenced By The Night”, do quarto álbum “Strangeland”, e “Bend and Break”, música que retrata a amizade entre os músicos que se conhecem desde a infância e adolescência. Fãs de diferentes gerações cantaram toda a setlist em uníssono com o vocalista, Tom Chaplin.
Tom cumprimentou o público, convidou todo mundo para “cantar com seus corações” e arriscou algumas frases em português. Embora os fãs estivessem prontos para revisitar “Hopes and Fears” e outras canções importantes para a história do Keane, ninguém esperava que eles iriam incluir “The Frog Prince” na lista.
Antes da performance, Tom Chaplin contou que ele e seus amigos gostariam de agradecer o apoio que recebem dos fãs brasileiro e, por isso, decidiram fazer isso com a música que batiza um dos fã-clubes presente na casa, o “The Frog Prince Squad”. Além da faixa do álbum “Under The Iron Sea”, a banda incluiu outras surpresas, como "Neon River", do álbum "Strangeland”.
Durante todo o show, o vocalista e os outros músicos demonstraram total entrosamento entre eles e com as pessoas que cantavam todas as músicas a plenos pulmões, assim como Tom havia pedido no início do show.
Quando a banda voltou ao palco, vários cartazes e telas de celular pediam uma única coisa: “Snowed Under”. Em poucos instantes, Tom, Tim, Richard e Jesse encantaram os fãs com um trecho da música, uma canção lado b de “Hopes and Fears” que nunca havia sido tocada no Brasil.
Ao anunciar que só havia tempo para uma última música, novamente a banda atendeu os apelos dos fãs e tocou um cover de “Under Pressure”, parceria histórica de Queen e David Bowie.
Mais um ótimo show em São Paulo
Em São Paulo, no dia 9, o show aconteceu no Espaço Unimed. Nas duas cidades, não houve atração de abertura e isso pareceu agradar o público. O show começou pontualmente e teve poucas alterações na setlist, que foi mais curta que no Rio e em Curitiba.
Entre as novidades em relação aos outros shows, estavam a explosão de confetes durante as músicas “Bend and Break” e “Sovereign Light Cafe”. No lugar de “Snowed Under”, a banda tocou “Disconnected” ao voltar para o bis, mais uma vez a pedido de alguns fãs.
Para a decepção daqueles que viram os dois shows, o Keane repetiu a fórmula “The Frog Prince” e “Under Pressure”. A intenção era agradar o público, que esperava e apelava por “On A Day Like Today” e “My Shadow” entre as músicas.
Antes de tocarem “You Are Young”, Tom fez um desafio ao público no estilo “galopeira”. A música tem um encerramento bastante emocionante com um “ôôôÔÔÔ” e ele quis aquecer os vocais dos fãs, convidando eles para serem parte do Keane por alguns instantes.
Essa já era uma parte muito aguardada pelos fãs, mas foi impossível não se emocionar com a letra esperançosa e o coro brasileiro.
Mesmo que a banda tenha feito isso em todos os shows da turnê, esse é um momento em que se vê muitas pessoas, sorrindo, chorando, se abraçando e mostrando como ficaram arrepiadas com a sinergia entre banda, música e fãs.
Um dos momentos mais emocionantes da noite aconteceu durante a música “Hamburg Song”, quando Tom se juntou ao Tim nos pianos e se lembrou de um período difícil e sensível para sua vida e para a banda.
Nesse momento, a casa de shows foi tomada por flashes de celulares que pareciam vagalumes dançando ao som dos pianos. O público fazia um coro como segunda voz, o que pareceu emocionar todos da banda.
Pouco antes de finalizarem a primeira parte e fazer a pausa pro bis, Tom Chaplin reconheceu o carinho dos fãs do nosso país e disse que é uma alegria ver cada vez mais pessoas na plateia a cada visita ao Brasil.
Nesse momento, lá da bateria, Richard cumprimentou algumas crianças que estavam na plateia e seus pais, que provavelmente já eram fãs da banda e agora podiam dividir a experiência ao vivo com os filhos.
Tim Rice-Oxley também teve momentos de interação com o público, no entanto, eles foram acenos e sorrisos mais contidos e tímidos atrás do piano. Já o baixista Jesse Quin foi o contrário: ele era visto pulando de uma ponta à outra no palco em várias das músicas.
Depois de um hiato entre 2013 e 2019, o Keane havia acabado de voltar à estrada quando a pandemia chegou. A expectativa para vê-los novamente aqui no Brasil fez os ingressos se esgotarem em poucas horas ainda em abril.
Tom Chaplin anunciou que a banda ama estar no Brasil e que pretende voltar em breve com músicas novas do Keane. Pela energia vista nos shows da turnê Keane20, o público estará pronto para cantar tudo com o quarteto a qualquer dia que decidirem voltar aqui.
Que lindo! Com certeza foi muito emocionante para os fãs que puderam ter essa experiência! <3
ResponderExcluirQue lindo! Amei a matéria! 🧡
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