Entre os artistas convidados para a edição de 2024 no Rock
in Rio Lisboa, o Rival Sons talvez seja um dos que estão vivendo um momento de auge. A
banda, que já tinha uma discografia bastante interessante e consistente, lançou
no ano passado dois álbuns muito bons, Darkfighter e Lightbringer, e havia
uma expectativa de como seria essa volta ao Rock in Rio Lisboa oito anos depois
de sua primeira participação e o próprio retorno à capital portuguesa cinco
anos depois de sua última passagem.
O resultado
é que o Rival Sons mostrou porque é uma das melhores bandas a surgirem no final
da primeira década deste século XXI. Com um som muito comparado ao que se fazia
nos anos 1970 e navegando entre o blues rock e o hard rock, o grupo formado por
Jay Buchanan (vocal), Scott Holiday (guitarra), Mike Miley (bateria) David Best
(baixo), fez um dos grandes shows do primeiro dia e nem uma falha no som logo
na segunda música atrapalhou a sua apresentação.
É uma pena
que o Rival Sons tenha tocado no palco Tejo no mesmo horário que a lendária
banda Living Colour estava se apresentando no Palco Galp, o que forçou o público
a escolher uma das duas atrações para ver. Com o público dividido, a única vantagem
para quem foi ver o Rival Sons foi a possibilidade de chegar bem perto do
palco.
E quem
escolheu o grupo californiano não se arrependeu. O grupo abriu o show com duas
músicas do Darkfighter: “Mirrors”, e “Nobody Wants To Die”. Na segunda metade
desta música, houve um corte no som, mas Buchanan continuou se esforçando para
que sua voz chegasse ao público enquanto o mesmo cantava junto a letra,
especialmente o refrão, mostrando que havia mesmo muitos fãs fiéis ali presentes.
O problema
no som foi rapidamente resolvido já na música seguinte, “Tied Up”, uma das
principais do álbum Feral Roots (2019), e a partir daí Rival Sons foi alternando
o seu set list com canções da maior parte dos seus oito álbuns de estúdio.
- Estamos
muito felizes de voltar a Lisboa – disse Buchanan, antes de cantar “Shooting
Stars” sozinho ao violão.
Também houve espaço para “Pressure & Time”, a ótima “Feral Roots”, “Open My Eyes” e “Mosaic”. “Eletric Man” e “Keep on Swinging” fecharam o show que deixou a sensação de que uma hora era pouco para tudo o que o Rival Sons tinha para mostrar.
O jornalista Marcelo Alves, repórter do Rock On Board, acompanhou o festival presencialmente.