Evanescence relembra velhos sucessos no Rock in Rio Lisboa

Foto: Ana Nene / Rock in Rio Lisboa
 
O Evanescence é uma banda marcante para o Rock in Rio Lisboa. Como esteve na primeira edição do festival da capital portuguesa, era natural que o grupo americano retornasse ao Palco Mundo para a edição comemorativa dos 20 anos do festival. Contudo, a banda que se apresentou no primeiro dia da edição de 2024 era bem diferente do grupo que esteve no festival há duas décadas. A única remanescente daquele grupo que então tinha apenas um álbum lançado, Fallen (2003) é a cantora Amy Lee.

 

Hoje, Amy Lee toca acompanhada dos guitarristas Tim McCord e Troy McLawhorn, da baixista Emma Anzal e do baterista Will Hunt. Esta nova versão do Evanescence está junta desde 2022, ano em que Emma entrou para o grupo. Os demais integrantes estão com Amy Lee desde 2007, ano seguinte ao lançamento de The Open Door, última vez que o Evanescence atingiu o estrelato num álbum que tinha “Sweet Sacrifice” e “Call Me When You´re Sober”.

 

E foram justamente estes e os hits do primeiro álbum que seguraram a boa apresentação do grupo. No palco, Amy Lee pareceu estar bem emocionada com a multidão presente no festival.  

 

- É uma honra tocar para vocês por todos estes anos. Tocar neste festival incrível significa muito – disse a cantora, que ainda no início do show havia ficado impressionada com a multidão.

 

- É incrível estar neste palco enorme, nem consigo ver o fundo. Obrigada.

 

Amy Lee, aliás, mostrou estar em excelente forma vocal. Segurou bem uma hora de show que deu bastante destaque ao mais recente álbum da banda, o elogiado The Bitter Truth (2021). Inclusive, canções como “Better Without You”, “Wasted On You” e “Use My Voice” funcionam melhores ao vivo do que no álbum.

 

O show só fica um pouco mais morno quando o Evanescence saca do seu repertório músicas do mediano disco Evanescence, lançado em 2011. No set list, “My Heart Is Broken”, “The Change” e “End Of The Dream” ficaram posicionadas no meio do show, que só voltou a ganhar fôlego quando Amy Lee sacou da sua cartola de metal gótico o sucesso “Going Under”.

 

A partir daí, o show voltou a crescer com “Better Without You”, “Call Me When You're Sober” e “Imaginary” até um dos momentos mais aguardados pelo público, a balada “My Immortal”, cantada por Amy Lee ao piano.


- Faz 20 anos desde que estivemos aqui. Significa muito, mais do que eu posso dizer. Obrigada por dividir esse amor, a vida, a dor comigo – disse a cantora antes de encerrar a noite com “Bring Me To Life” e a sensação de dever cumprido.


O jornalista Marcelo Alves, repórter do Rock On Board, acompanhou o festival presencialmente. 

Marcelo Alves

Acredita que o bom rock and roll consiste em dois elementos: algumas ideias na cabeça e guitarras no amplificador. Fã de cinema e do rock nas suas mais variadas vertentes, já cobriu três edições do Rock in Rio e uma do Monsters of Rock. Desde 2014, faz colaborações para o site "Rock on Board". Já trabalhou em veículos como os jornais "O Globo" e "O Fluminense". Twitter: @marceloalves007

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