Antes de ser lançada, um documentário de 12 minutos será liberado no dia 1º de novembro sobre a nova canção, com direção de Oliver Murray. Um vídeo clipe sairá no dia 3. Confira o trailer no final da matéria.
Paul McCartney revelou em junho que tinha gravado o que ele chamou de "a última canção dos Beatles", com auxílio de uma IA. Ou seja: não se trata de uma dessas homenagens ou experimentações de fãs e entusiastas que brincam com IA para criar versões de seus artistas preferidos. "Now and Then" é oficialmente uma música dos Fab Four.
A nova faixa foi escrita por John Lennon. O músico gravou piano e voz em 1978 como uma demo em sua casa na cidade de Dakota (NY). Somente em 1994 os Beatles restantes receberam a demo das mãos de Yoko Ono, junto com antigas demos de "Free Bird" e "Real Love". Com a ajuda do produtor Jeff Lynne (da banda Electric Light Orchestra), Paul, Ringo e George gravaram novos instrumentos para a composição, mas os recursos tecnológicos da época não eram suficientes para separar a voz de John de seu piano.
Foi durante a produção do documentário Get Back que McCartney e Ringo Starr voltaram a trabalhar em "Now and Then", mas agora com o apoio da equipe de som do cineasta Peter Jackson, diretor de Get Back, para isolar os vocais de Lennon.
"Todos nós tocamos na música. É uma música genuína dos Beatles. Trabalhar na música dos Beatles em pleno 2023 e poder lançar uma canção que ninguém ouviu ainda é uma coisa emocionante", diz McCartney.
"Era como se John estivesse lá, sabe? É muito doido", acrescenta Ringo, ao lembrar como foi ouvir o vocal de Lennon isolado no estúdio.
Além da voz original de Lennon, a nova faixa tem uma nova bateria e backing vocals gravados por Ringo; baixo, guitarra e piano tocados por Paul e ainda mantém as linhas de violão e guitarra que George Harrison gravou em 1995. Por fim, McCartney gravou um solo usando slide guitar, em homenagem a Harrison.
