De volta ao Rio, Red Fang faz show ruidoso e intenso

Foto: Rom Jom
 
Com um show ruidoso e enérgico, o Red Fang retornou ao Rio de Janeiro no último domingo, dia 07 de maio. Esta sendo sua quarta passagem pelo Brasil, com o grupo de Portland vindo à América do Sul (e México) com a tour que segue o lançamento de Arrows, de 2021, ainda que conte apenas com a faixa-título no setlist atual. Infelizmente não pude conferir All Is Allowed, de São Paulo, que tem sido a banda de abertura de todas as datas e teve um agradecimento dos integrantes do Red Fang no meio do apresentação.

Abrindo o show com as músicas presente no bis de todas as outras apresentações em solo brasileiro, quem chegou ao Agyto Lapa antes das 20:00 presenciou uma rápida passagem de som e o ínicio do show com a dupla "Hank Is Dead" e  "Throw Up", seguindo com o cronograma exatamente as treze músicas padrão do repertório atual. Um chute poderia ser feito ao afirmar que a mudança decorre da saída do palco e direção dos camarins ser visível para todos na casa, fica para o imaginário de quem lê.

Público atento a cada nota e banda falando pouco, soltando até uma piada em meio as canções, além de agradecer em português repetidas vezes, os integrantes mostraram que o repertório do é sob medida para causar impacto em quem acompanha o trabalho há mais tempo, novos admiradores e até incautos, prontos para encarar os riffs, licks e microfonias da dupla Brian Giles e David Sullivan.
 
Foto: Rom Jom
 
Priorizando o álbum Murder The Mountains, com nada menos que sete de suas faixas presentes, o show do Red Fang uma bela bagunça, talvez um estrago sonoro de primeira, ao misturar stoner rock e sludge. Com momentos de relaxamento (nunca de calmaria) e tensão, como na arrebatadora "Humans Remain Human Remains", do disco de estréia, com sua levada doom soando descomunal ao vivo, além de um som caprichado no baixo do vocalista Aaron Bean, que fica mais ao fundo no espectro sonoro, porém permite que cada música tenha seu peso garantido. Quem também faz o som da banda ser ainda maior e intenso é o ótimo baterista John Sherman, imparável e preciso, se destaca pela habilidade e porradaria na sessão rítmica.

Entre uma nova faixa, "Freeride", tocada em todos os shows do Brasil, um single "Antidote " e duas faixas de Whales And Leeches, o repertório ainda soou um pouco curto, por volta de 1h:15, mas nada que uma nova tour no Brasil não resolva. A segunda apresentação do Red Fang no Rio de Janeiro (em 2018 tocaram na mesma casa, quando ainda era o Teatro Odisseia) foi ruidosa, implacável e bem recebida no Agyto Lapa. Podem voltar sempre!

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Zeone Martins

Redator, tradutor e músico. Coleciona discos e vive na casa de vários gatos. Ex-estudante de Letras na UFRJ. Tem passagens por várias bandas da região serrana e da capital fluminense.

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