Ville Valo: ex-vocalista do HIM volta a errar em novo álbum solo

 
Ville Valo

Neon Noir
⭐✩✩✩✩ 1/5
Por  Zeone Martins 
 
Ville Valo retorna com mais um disco muito ruim, desta vez em carreira solo. Com o finado HIM, até havia seus acertos, mas poucos, encaixotados em discos pouco inspirados e, quase sempre, esticando pelo quanto pudesse um som forçado e um romantismo caricato.

A música que se prende muito a fórmulas, geralmente, apresenta um receio do artista em se arriscar. Não é algo que aconteça apenas sobre nomes consagrados, possivelmente cansados, bandas de carreira já extensa. Muitas vezes artistas que estão começando já iniciam sua trajetória presos em quadrados de pouca relevância, sem levar as suas influências à um próximo passo. Fora aqueles que passam uma carreira inteira sem nada tanto que se destaque, e investem num trabalho além de previsível, inóquo. E é nesse último parâmetro que se enquadra Neon Noir (2023). 

Com todos os instrumentos gravados pelo vocalista, o álbum abre com "Echolocate Your Live", que até tem uma ideia interessante na introdução e no arranjo do refrão, mas está numa faixa que não se desenvolve bem. Daí vem uma bomba, com "Run Away From The Sun", que além de não fugir muito dos últimos trabalhos da banda anterior, ainda é um porre por si só. Se não começa bem, não vai bem, certo?
 
 
A faixa-título, seguindo até demais "The Wings Of A Butterfly/Rip Out The Wings Of A Butterfly", também não se ajuda. Dependendo da boa vontade de quem, "Loveletting" pode até agradar, mas o disco só traz alguma melhora com "The Forever Lost", aqui sim valendo a audição (ainda que não tanto. Com um autêntico pastiche do que o The Mission fez no começo da carreira, brota "Baby Lacrimarium", que também pouco empolga. "Salute The Sanguine" sobe um pouco o nível, mas nada tão interessante. As audições repetidas do trabalho já estão quase por me fazer recomendar outro disco aqui do que seguir, mas vou exercitar a paciência.

O que acontece em "In Trenodia" e "Vertigo Eyes", que encerra o trabalho, nem a instrumental "Zener Solitaire" se salva. Neon Noir é um trabalho que, quando não é péssimo, é um conjunto de idéias que você já ouviu melhor executadas em outro lugar. Não que a expectativa fosse alta, mas é mais um trabalho enfadonho do finlandês. O novo álbum não é muito mais um grande catadão do que se ouviu nos 26 anos do HIM, em conjunto com releituras mal-aproveitadas de músicas dos anos 80. Passe longe.

Zeone Martins

Redator, tradutor e músico. Coleciona discos e vive na casa de vários gatos. Ex-estudante de Letras na UFRJ. Tem passagens por várias bandas da região serrana e da capital fluminense.

6 Comentários

  1. Zeone é um zueiro da serra...sabe nada de música. Vai dormir!

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  2. não concordo com a analise, concordo apenas que não é nada muito inovador, pra quem ja acompanha o trabalho do Ville Valo, mas esse é o estilo que envolve o vocalista...diferente do Album do HIM - Screamworks, no qual trouxe uma nitida diferença sonora na proposta, onde se arriscou um pouco mais...acredito que essa nova empreitada seja só o começo mas que logo deslanche de maneira mais concreta onde possa a ter mais riscos corridos

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  3. Muito pelo contrário, gostei bastante das músicas

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  4. Aquela análise nivel Rock Wins

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  5. Seria mais interessante o Crítico criticar apenas bandas que goste, dessa forma ele faz com mais maestria pontuando o lado positico e negativo. Criticar uma banda/cantor que ele claramente não gosta, soa como birra e não acrescenta em nada ao leitor. No texto deixa bem claro que o autor não acompanha os trabalhos de Ville e que não é algo que ele aprecia, já que foi a única critica escrita por ele com uma pontuação baixissíma, as demais analíses, mesmo as com reclamações, não foram escritas da mesma forma.

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