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Jeff Gutt encarnou o saudoso Scott Weiland no show do STP [Foto: Rom Jom] |
Ao contrário de muitas bandas consagradas, que ao perder os seus cantores, decidiram seguir com substitutos que não soassem como cover de seus antecessores (vide Iron Maiden com Blaze Bayley, e mais recentemente, Queen com Adam Lambert), o Stone Temple Pilots fez exatamente o contrário. O vocalista Jeff Gutt é quase um sósia do saudoso Scott Weiland. O cara mantém os mesmos trejeitos, faz as mesmas caretas e danças, e tenta manter a voz próxima ao timbre mais grave de Weiland.
Mesmo que em alguns momentos (ou vários), você tenha a sensação de ver o Stone Temple Pilots com um cantor cover, isso incomoda muito menos do que imaginar alguém tão diferente de Weiland, como Chester Bennington (falecido cantor do Linkin Park) em seu lugar. É certamente menos agressivo à memória dos fãs, já que Gutt preenche tal espaço com ar de homenagem e não de substituição. Vale lembrar que Weiland foi demitido do grupo e faleceu anos depois, quando o STP já seguia seu caminho com Bennington.
A banda chegou com tudo no palco ao som de "Wicked Garden", hit do álbum de estreia, Core, lançado em 1992. E mantiveram a pegada alta com mais duas do início da carreira, "Crackerman" e "Vasoline". Com exceção do vocalista, o grupo mantém a mesma formação do início, o que facilita a ótima forma no palco. Na verdade, são os irmãos De Leo que comandam o barco. Do ótimo Tiny Music... Songs From The Vatican Gift Shop, álbum marcou a mudança sonora da banda [entenda], veio "Big Bang Baby", onde a performance de Gutt reencarna de vez Weiland.
Embora, a banda siga divulgando um novo - e bom - álbum de inéditas, o repertório é praticamente baseado nos dois primeiros trabalhos (Core e Purple), como fica evidente numa trinca de sucessos para ninguém botar defeito: "Big Empty", "Creep" e uma versão arrastada de "Plush", elevando a cantoria na casa. Do novo álbum, apenas duas, mas ambas muito bem aceitas pelo público. "Meadow" é mais no estilo do que a banda vinha fazendo no final dos anos 90. Já "Roll Me Under" é mais pesada, e tem Jeff Gutt invadindo a pista para cantar no meio da galera.
A performance chupada de Scott Weiland só é quebrada por Jeff Gutt no que diz respeito a utilização do megafone, assessório sempre utilizado nas cativantes "Dead & Bloated" e "Trippin On a Hole In A Paper Heart", que aparecem na parte derradeira da apresentação. No entando, Jeff usa os mesmos efeitos de distorção em seu microfone, garantindo assim a fidelidade sonora. Para encerrar o bom show, mais uma de Core: "Sex Type Thing".
No final, a impressão que fica é que o STP realmente fez a escolha certa ao trazer Jeff para a banda. Após comprovar sua efetividade no estúdio com boas composições, ele traz a certeza de que a banda pode permanecer firme em turnês para grandes multidões, agradando antigos fãs e dando a chance de conquistar novos.
Bush garante diversão com show cheio de hits
Com o pé na porta, o Bush, liderado pelo cantor / guitarrista Gavin Rossdale já chegou botando a galera para pular com um de seus maiores sucessos, "Machinehead". O som mostrava-se melhor do que no show anterior, principalmente no som de guitarra. Em seguida é a vez de "The Chemicals Between Us", tirada do não tão popular, mas também platinado The Sciense Of Things. A verdade é que o show desta noite surge como um apanhado de seus maiores sucessos e para isso, a banda dá ênfase total em seu álbum de estreia, Sixteen Stone, de 1994. É dele também uma das melhores da noite, "Everything Zen".
Antes da metade da apresentação, "Greedy Fly", que tocou exaustivamente nas rádios brasileiras entre 97/98, é pressão pura nos PA's. Outra que botou a galera para cantar junto foi "Glycerine". Aos 52 anos de idade, Gavin está conservadíssimo. Mantém boa forma física e raramente fica parado. A voz também está em dia, como fica comprovado em "Swallowed" e na versão pesada de "Come Together", dos Besouros. Durante "Little Things", Gavin desce do palco e faz uma caminhada no meio da multidão com direito a banho de cerveja dos mais empolgados. Na volta ao palco e sem camisa, ele e banda, fecham o set com a de sempre: "Comedown", encerrando assim, a divertida festa noventista.
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Gavin Rossdale liderou o Bush num show cheio de hits [Foto: Rom Jom] |
Antes da metade da apresentação, "Greedy Fly", que tocou exaustivamente nas rádios brasileiras entre 97/98, é pressão pura nos PA's. Outra que botou a galera para cantar junto foi "Glycerine". Aos 52 anos de idade, Gavin está conservadíssimo. Mantém boa forma física e raramente fica parado. A voz também está em dia, como fica comprovado em "Swallowed" e na versão pesada de "Come Together", dos Besouros. Durante "Little Things", Gavin desce do palco e faz uma caminhada no meio da multidão com direito a banho de cerveja dos mais empolgados. Na volta ao palco e sem camisa, ele e banda, fecham o set com a de sempre: "Comedown", encerrando assim, a divertida festa noventista.