Red Fang: som alto marca noite épica em sua primeira apresentação do Rio

Bryan Giles com o Red Fang no Teatro Odisseia [Foto: Eduardo Navega]
Por Rom Jom

O Teatro Odisseia foi agraciado com a primeira apresentação do stoner rock dos americanos do Red Fang em solo carioca. A ansiedade de muitos fãs era grande para ver a banda no estilo que o próprio guitarrista Bryan Giles nos disse há um ano atrás em, entrevista exclusiva, para o site: em um lugar pequeno e bem próximo de todos. E essa proximidade com o público já começou com a própria passagem de som antes do show: a banda subiu, ligou os instrumentos, falou com o público e se retirou para uns 10 minutos antes da apresentação. Sinergia ímpar para os presentes.

Sem delongas a banda sobe ao palco e mostra logo na primeira canção, “Blood Like Cream” (do Whales and Leeches de 2013), que a noite seria alta e energética. A catarse era grande. As músicas preenchem o lugar e fazem o público enlouquecer. O som é alto e limpo que o caos toma conta do lugar rapidamente. As guitarras de Bryan e David são ainda melhores – e mais pesadas - ao vivo. É difícil de comentar o melhor da noite, ou até, um momento marcante; a noite inteira foi assim. Entre uma cerveja e outra a discografia da banda é passada a limpo da melhor forma. Do último - e excelente - Only Ghost (2016) “Flies” com um vocal extremo de rasgado e gritado é lindo de ouvir – e um riff que gruda na cabeça – que acontece também em “Cut It Short” logo no início do show com todos cantando e levantando a mão acompanhando, Aaron Beam e seu baixo grave e pesado - fato que pode ser constatado fortemente no início da arrastada “The Smell os the Sound”. John Sherman enche a mão em todas as músicas – especialmente em “Dirt Wizard” – entrega total. 

A atmosférica e grosseira “Malverde” e a sonora “Wires” – Murder The Montains (2011) fizeram todos baterem a cabeça ainda mais! Mas as músicas do primeiro álbum – Red Fang (2009) – criaram as mais fervorosas rodas de pogo com “Sharks” e a destruidora “Prehistoric Dog” que fechou – da melhor forma! - a primeira parte do show. A banda ainda retornou ao palco para “Hank is Dead” e “Throw Up” que fechou lindamente o repertorio.

Após tudo isso a alegria do público indo embora era muito nítido, e acredito, que para a banda também. Tomara que sejamos agraciados com mais shows desse. E que todos possam voltar a ouvir também.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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