![]() |
The Rasmus promete álbum com vários elementos diferentes |
O Rock on Board conseguiu uma entrevista exclusiva e conversou com os caras para saber mais sobre o álbum de inéditas, sobre o processo de criação pelo qual passou a banda e, claro, sobre as expectativas e percepções do The Rasmus sobre o Brasil e o público brasileiro.
Vale lembrar que a última passagem do The Rasmus pelo Brasil se deu em meados de 2006, quando o quarteto se apresentou em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Curitiba, e interpretou músicas dos seus álbuns “Hide From The Sun” e “Dead Letters”. Apesar da estadia breve e do tempo que se passou desde então, Lauri e Aki falaram dos fãs brasileiros com muita empolgação e lamentaram a ausência prolongada: "Eu não sei porque demoramos tanto tempo para voltar - foram onze anos! Ficar longe, no entanto, às vezes faz com que as experiências se tornem ainda mais significativas”, disse Ylönen.
Aki: Eu não lembro tanto do festival em si, mas eu estava assistindo novamente a alguns vídeos do show [de Belo Horizonte] com o Lauri e, durante In The Shadows, nós vimos que multidão cantava com os braços para o alto e pulando muito. Eram vinte mil pessoas, talvez mais. Foi uma experiência realmente especial.
Quais são as memórias mais marcantes que vocês têm da sua última vinda ao Brasil?
Aki: (Risos) As mulheres, a caipirinha e o… Como vocês chamam mesmo? Churrasco! Precisamos comer isso de novo.
"O Dark Matters tem a assinatura do The Rasmus, especialmente porque a voz do Lauri continua muito presente. Mesmo com as sonoridades diferentes, a música continua sendo nossa", Aki.A cidade de São Paulo tem cerca de doze milhões de habitantes.
Lauri: É maior que a Finlândia inteira!
Falando agora sobre o Dark Matters… Foram lançados quatro singles até agora (Paradise, Silver Night, Nothing e Wonderman), e os quatro são bem diferentes entre si. O que podemos esperar do Dark Matters?
Lauri: Sim, as músicas são bem diferentes. Quando você pega "Nothing" e "Wonderman", por exemplo, você vê músicas que são perfeitamente opostas. “Wonderman” possui até uma parte que lembra rap. Preferimos experimentar a repetir uma fórmula que já fez sucesso antes. No fim, fazer música tem a ver com não ter medo de tentar.
Como foi o processo de criar o Dark Matters? Quais foram as inspirações, as dificuldades, pensamentos?
Lauri: Em termos de letras, eu escrevo sobre coisas pelas quais pessoas próximas passaram, mas especialmente sobre experiências que me dizem respeito. Recentemente eu me mudei para Los Angeles, entrei em um processo de divórcio - essas coisas acabam influenciando o processo de composição. A música em si passa por várias influências. Nós já tentamos pop, rock, hip hop…
A música Wonderman faz parte da trilha sonora do filme “Rendel”, que não é apenas um filme de super-heróis, mas um filme sobre um super-herói finlandês, o que é bastante novo para nós. Como foi o processo de fazer parte da trilha sonora?
Lauri: Isso é bem interessante. Há cerca de dois anos, estávamos escrevendo uma música sobre um garoto que era vítima de bullying e que, por isso, criava um espaço em que pudesse ser um super-herói. Eero, nosso baixista, também é envolvido com cinema e estava trabalhando com o Jesse Haaja, diretor de “Rendel”. Ele apresentou a música ao diretor, que percebeu similaridades com a história.
Vocês já devem ter ouvido essa pergunta antes, mas qual das músicas do Dark Matters é a preferida de vocês?
Lauri: Eu estava ouvindo novamente o CD no avião e pensei que eu estou muito ansioso para cantar “Empire” ao vivo. E ansioso para ouvir o Aki fazer a introdução na bateria.
"Eu tinha dezesseis anos quando escrevi e gritava que “eu não posso ser eu”. Eu sempre fui diferente; tinha cabelo diferente, colorido, me vestia diferente. Esses dias eu estava ouvindo essa música e fiquei surpreso", Lauri.Pensando em todas as músicas do The Rasmus, qual é a preferida de vocês?
Lauri: (pausa) A minha música preferida… Acho que é Myself, do nosso primeiro álbum. Eu tinha dezesseis anos quando escrevi e gritava que “eu não posso ser eu”. Eu sempre fui diferente; tinha cabelo diferente, colorido, me vestia diferente. Esses dias eu estava ouvindo essa música e fiquei surpreso.
Temos datas para uma possível turnê no Brasil?
Aki: Não, ainda não. Talvez Maio do ano que vem, mas ainda não temos certeza.
Para finalizar, como vocês se veem hoje em dia? Em termos profissionais e musicais?
Lauri: Eu me sinto um cara extremamente sortudo.
O novo álbum do The Rasmus, o Dark Matters, sai no dia 06 de Outubro! Fiquem de olho no Rock On Board para saberem mais sobre possíveis datas de shows por aqui.