Rock in Rio 2015: System Of A Down promove catarse coletiva na Cidade do Rock

Foto: Adriana Vieira
O concentrado Serj Tankian liderou o SOAD no melhor show da noite
Por Bruno Eduardo

Fechando a noite de quinta-feira (24), o System Of A Down levou o público ao êxtase com a sua mistura insana de heavy metal + outras dezenas de gêneros musicais. A banda ficou no palco por pouco mais de uma hora e meia, e desfilou canções de todos os seus discos, promovendo uma verdadeira retrospectiva da carreira.

O início do show foi marcado pelo baixo volume dos PA's - ainda mais depois de um ensurdecedor Queens Of The Stone Age. Essa falta de ganho sonoro ficou evidente na curiosa "I-e-a-i-a-i-o" (escolhida para abrir a elétrica apresentação) e na pancada desgovernada "Attack". Mas aos poucos o som se ajeitou e público começou a se embalar, ainda mais porque a banda não demorou muito para descarregar sua munição de sucessos radiofônicos - como "Aerials" e "BYOB". 

Mesmo com a grande agitação do público, a banda mantém uma performance reservada. Impressionante como Serj Tankian incorpora perfeitamente a teoria do "menos é mais". O cara não usa roupas espalhafatosas ou especiais, não tenta roubar a cena com discursos para plateia, e nem é tão performático ao ponto de dar trabalho para seguranças de palco. A forma que canta, dança e curte o show é de uma concentração que contrasta com o repertório musical apresentado. Até mesmo Malakian parece mais comportado - não lembra de longe o possuído guitarrista que interpreta clipes como "Chop Suey", por exemplo. Mesmo assim, o som que eles emitem é intenso e contagiante.

Foto: Adriana Vieira
O guitarrista Daron Malakian esteve bem mais comportado neste show
Músicas inflamadas como "Bounce", "Needles", e "Psycho" parecem ter sido realmente feitas na medida para o público de grandes arenas - que pula, dança, poga, e canta a plenos pulmões. Vale destacar a inclusão da ótima "Vicinity Of Obscenity" - uma espécie de heavy metal com Frank Zappa (?), presente no álbum Hypnotize - e os milhares de celulares ligados na balada "Lonely Day". 

Três músicas deram o toque frenético que marca o fim das apresentações do quarteto: "Cigaro", "Toxicity" e "Sugar" - a segunda contou com a participação de Chino Moreno dos Deftones, que se apresentara antes no Palco Sunset [leia a resenha AQUI].

Mesmo sem lançar nada há dez anos, e nem oficializar uma volta de forma definitiva, o System Of A Down comprova em cada reunião com os fãs que o legado está devidamente mantido. Pelo menos foi isso que aconteceu nesta segunda participação do grupo no Rock in Rio. Showzaço.


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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

5 Comentários

  1. Respostas
    1. Olá amigo, obrigado pela participação e pela leitura. Corrigido!

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  2. Captou minha opinião: eles provam que não precisa de pirotecnia se a sua música é intensa 100% do tempo!

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  3. Showzaço, dificilmente alguma banda fará algo melhor.

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  4. Showzaço! Sem dúvida o melhor show do RIR até agora!

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