Pela quarta vez no Brasil, The Maine fala com exclusividade ao Rock On Board

Foto: Divulgação
The Maine chega ao Brasil para sua quarta turnê
Por Bruno Eduardo

O The Maine está de volta ao Brasil. Em sua quarta vez no país, a banda formada em Arizona (EUA) apresenta a turnê de seu quinto disco de estúdio, American Candy, lançado recentemente. A "The Brazilian American Candy 2015" vai passar pelas cidades do Rio de Janeiro no dia 31 de julho (Circo Voador), São Paulo nos dias 1 e 2 de agosto (Carioca Club), Porto Alegre no dia 4 de agosto (Teatro CIEE), e Curitiba no dia 5 de agosto (Music Hall). Todos os shows contarão com a abertura do grupo The Technicolors, de Seattle. Com um crescente e fiel fã clube por aqui, o The Maine já inclui o Brasil como destino certo em suas excursões. A sintonia com os fãs brasileiros foi comprovada na gravação do seu primeiro DVD, Anthem For A Dying Breed, filmado em São Paulo no ano de 2012. Com essa alta freqüência, é normal que eles fiquem cada vez mais interessados em nossa cultura. Em um bate papo exclusivo por telefone com o Rock On Board, o guitarrista Kennedy falou que vem praticando cada vez mais a língua portuguesa, e que já sabe muito bem o que fazer quando está no Brasil. Além disso, ele falou sobre o novo disco e sobre a relação com os brasileiros. Confira! 

Soube que vocês gravaram o novo disco em Joshua Tree. Como foi essa experiência?

Toda a experiência foi muito boa. A gente estava praticamente sozinho... Eu acho que o clima contribuiu bastante para a qualidade do álbum. Todos nós nos sentimos muito rejuvenescidos.

Forever Halloween foi gravado em fita por Brendan Benson dos Raconteurs. Como vocês se sentiram voltando a gravar digitalmente?

É sempre novo. A gente gosta de manter as coisas sempre novas. Então quando a gente grava, tentamos não fazer a mesma coisa duas vezes.

Neste novo disco, o The Maine volta a soar mais pop, se comparado ao álbum anterior, Forever Halloween. O que determinou essa nova mudança na direção musical da banda?

Eu acho que devemos sempre nos propor a algo novo. Quando a gente escreve uma música, é sobre o que estamos sentindo naquele momento. Durante a nossa carreira, eu acho que o importante para nós é tentarmos não gravar a mesma coisa várias vezes, do que talvez fazer alguma coisa que fique desconfortável pra nós, e ver aonde isso nos leva.

Houve alguma razão particular para a escolha do título "American Candy"?

Aconteceu naturalmente, sabe? Jonh sugeriu esse nome para o novo disco. E aí eu acho que cada um de nós interpretou-o de sua maneira. Isso contribuiu muito pra unir o álbum, eu acho.

Na minha opinião, este disco possui músicas de maior potencial para hinos. Músicas como "English Girls" e "Miles Aways" soam bem mais para cima do que "Run" ou "Love And Drugs". O que passa pela sua cabeça quando está compondo? Tipo: "agora vamos fazer uma música para os fãs cantarem nos shows" ou "agora vamos fazer uma música para tocar nas rádios"... Como vocês trabalham isso?

Às vezes escolhemos a música querendo soar bem “cool” nos fones de ouvido e coisas assim; outras vezes pensamos nos shows, em como o público vai reagir a elas ao vivo, e às vezes escolhemos as músicas apenas por parecer serem boas músicas, sem pensar muito em como os fãs vão reagir a elas; e às vezes acontece da musica ser mais bem recebida desse jeito.

Vocês possuem uma forte ligação com os fãs brasileiros. Como você explica essa relação?

A gente realmente se importa com o que os nossos fãs acham... Eles permitem que a gente faça o que fazemos. Eu acho que muita gente diz isso, mas quando a gente tem uma banda ou somos artistas de um modo geral, temos que demonstrar que nós nos importamos. E nós fazemos de tudo para mostrar que somos gratos por qualquer coisa que eles façam pra nós. Queremos retribuir esse amor de todas as maneiras que podemos.

Como gravar um DVD em São Paulo...

Exato.

E o que a banda faz para aproveitar seu tempo livre aqui no Brasil? 

Eu espero poder ir à praia, encontrar gente legal – geralmente fãs querendo tirar foto enquanto estamos por perto. Espero comer comidas boas... Eu estive praticando meu português, então não devo estar falando tão bem, mas pretendo poder falar com algumas pessoas.

E futebol? Você gosta?

Oh, yeah!

Chegou a visitar algum estádio? Como o Maracanã, por exemplo?

Eu já fui a jogos nos Estados Unidos e já fui a um jogo na Inglaterra, mas eu nunca fui a nenhum jogo no Brasil... Na verdade a gente esteve aí um pouco antes de acontecer a copa do mundo.

E chegou a conhecer alguma banda brasileira?

Oh man... Eu esqueci o nome agora... (uma pausa para pensar)... Eu não estou conseguindo lembrar o nome, mas eu tenho o CD deles no meu carro.

O The Maine já fez parte de uma grande gravadora. Hoje vocês integram um time de bandas que distribuem seus discos de forma independente. Como você avalia essa nova realidade das plataformas digitais?

É uma coisa interessante. Eu acho que a indústria está num momento estranho... Numa fase de transição. Pessoalmente, eu acho que para a nossa banda, a gente tem a nossa música atingindo mais pessoas via iTunes e outros. Eu acredito que do jeito que a indústria vem vendendo música, ainda vão acontecer mais mudanças e as pessoas ainda vão estar se ajustando a isso nos próximos anos. Mas nós, como uma banda, estamos mais interessados em fazer turnês. Então quando algo desse tipo acontece, nós tentamos fazer nossa turnê ainda mais divertida para que as pessoas queiram se juntar a nós, nos apoiar.

E vocês pensam em voltar para alguma grande gravadora algum dia?

Não, acho que não. Eu acho que estamos melhor fazendo as coisas sozinhos... A gente está bem confiante nas nossas habilidades de concluir as coisas, e a gente realmente gosta da liberdade de fazer o que a gente quer fazer.


RIO DE JANEIRO
Data: 31 de julho de 2015
Local: Circo Voador
Endereço: Rua dos Arcos, s/n – Lapa
Abertura da casa: 19h00 / Início do show: 20h00
Classificação etária: 14 anos
Pista meia/promocional: R$ 120,00
Pista inteira: R$ 240,00
Ponto de venda: bilheteria do Circo Voador
Venda online AQUI

SÃO PAULO
Datas: 1 e 2 de agosto de 2015
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde 2899 – Pinheiros (próximo ao metrô Faria Lima)
Abertura da casa: 17h30 / Início do show: 18h30
Classificação etária: 14 anos
Pista meia/promocional: R$ 110,00
Pista inteira: R$ 220,00
Camarote meia/promocional: R$ 160,00
Camarote inteira: R$ 320,00
Ponto de venda: bilheteria do Carioca Club
Venda online 1 de agosto AQUI
Venda online 2 de agosto AQUI

PORTO ALEGRE
Data: 4 de agosto de 2015
Local: Teatro CIEE
Endereço: Rua Dom Pedro II 861 – Higienópolis
Abertura da casa: 19h00 / Início do show: 20h00
Classificação etária: 14 anos
Mezanino meia/promocional: R$ 120,00
Mezanino inteira: R$ 240,00
Venda online AQUI 

CURITIBA
Data: 5 de agosto de 2015
Local: Music Hall
Endereço: Rua Engenheiro Rebouças 1645 – Rebouças
Abertura da casa: 19h00 / Início do show: 20h00
Classificação etária: 14 anos
Pista meia: R$ 110,00
Pista inteira: R$ 220,00
Ponto de venda: Dr. Rock (Shopping Jardim das Américas)
Venda online AQUI 

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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