Sabaton chega ao Brasil e fala ao Rock On Board sobre shows no país

Foto: Divulgação

Por Bruno Eduardo

O Sabaton iniciou em São Paulo a turnê brasileira da “Heroes World Tour” - apresentando músicas de seu mais novo álbum, Heroes, lançado no Brasil pela Nuclear Blast Records. Cantando sobre guerras mundiais e temas líricos, o Sabaton é considerado um dos maiores representantes do gênero na atualidade. Antes de bater ponto em mais oito cidades, o vocalista do grupo, Joakim Brodén, falou com exclusividade ao Rock On Board sobre os shows no país e a nova fase da banda. Confira abaixo.  


Vamos começar falando do novo álbum, 'Heroes'. Muita gente diz que ele soa muito diferente dos demais. O que você pode dizer sobre isso?


Eu acho que um dos pontos fortes deste álbum é a variação entre as diferentes músicas e o fato de que ele é um pouco menos sinfônico e mais diretamente metal do que foi "Carlus Rex". Isso faz ele sobressair um pouco em relação ao seu antecessor. 

Você acha que os temas líricos de "Heroes" fazem dele um disco mais melódico, em comparação aos anteriores? 


Bem, sim e não. O Sabaton sempre tocou um Heavy Metal mais melódico. Então eu não acho que há muito novidade em cima disso. Mas, o tema lírico, como você mencionou, torna-se mais evidente neste álbum. 


E para você, como foi você trabalhar com Peter Tägtgren (Hypocrisy)? 


Trabalhar com Peter é ótimo! Nós nos conhecemos há muitos anos e ele tem tido um grande impacto no som do Sabaton. Neste álbum, eu e Peter escrevemos juntos a canção "Inmate 4859". Foi a primeira vez que escrevemos músicas juntos sem ter que ficar brigando por arranjos. (risos)


Na edição de luxo do disco, há uma versão de "For Whom The Bell Tolls" do Metallica. Há alguma relação especial com a música? 


Bem, o tema é a guerra, e também foi a primeira música que nosso baixista tocou ao vivo no palco. Era a escolha mais fácil. 


E vocês pretendem tocar esta música do Metallica no Brasil? 


Não. Em nossa primeira visita ao Brasil vamos tocar o máximo de músicas do Sabaton possível, uma vez que nossos fãs já esperaram tempo suficiente por isso! 


Carolus Rex é o mais bem sucedido álbum sueco de heavy metal. E ele marca um momento de mudança no Sabaton. Qual é a sua opiniao sobre disco? 


Eu realmente gosto do álbum, e eu tenho orgulho disso. É uma pena que na Suécia "Heroes" sempre será o álbum "sucessor Carolus Rex". Não sei se você me entende... Carolus Rex é sobre a história sueca, e também está disponível no idioma sueco. Difícil competir com isso em seu próprio território de origem. 


Muitos críticos questionam os motivos da banda escolher temas temas líricos como a guerra mundial e acontecimentos históricos para suas músicas. Há alguma razão específica para isso? 


Duas razões. Primeiro: há tantos eventos históricos fascinantes em nosso passado que estão sendo esquecidos. Segundo: Há bandas suficientes cantando sobre beber cerveja, comer mulheres e matar dragões. (risos) 


Em 2012 quatro membros deixaram o Sabaton. Fale sobre o impacto dessa mudança na formação da banda. 


Nós pensamos que ia mudar muita coisa em relação aos fãs. Eu e Pär sabíamos que nós sempre fomos os caras por trás de todos os negócios... da música, das letras... Não estávamos preocupados com a mudança em um nível profissional. O grande "se" era se os fãs aceitariam um novo line-up. Mas eu acho que nós subestimamos nossos fãs e nossos novos membros. Uma prova disso, é que desde a mudança eu ouvi muito pouco (quase nada) dos fãs sobre o assunto. 


Vocês estiveram para tocar na América do Sul recentemente, mas tiveram que adiar a viagem. O que aconteceu de verdade? 


Não sei o que você ficou sabendo, mas não chegamos a marcar a viagem porque os bilhetes nunca existiram. Houve um festival no Chile, e eles não pagaram os nossos voos, conforme foi acordado. Nós tentamos resolver isso com o promotor, e lembramos-lhe várias vezes que nós não tínhamos os bilhetes de passagens, e que eles nunca chegaram. Por isso mesmo nós não poderíamos embarcar no avião. É uma pena que algumas pessoas ainda sejam roubadas por esse tipo de promotores nada sérios. 


Você já tocou em alguns locais surpreendentes, eu imagino. Rolou uma ansiedade de tocar no Brasil? 


Com certeza! Eu nunca fui ao Brasil antes e o país sempre esteve na minha lista de lugares "mais procurados" para visitar. Então eu espero ter algum tempo livre durante esta excursão para conhecer alguns pontos turísticos e conhecer algumas (espero) boas pessoas. (risos)


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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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