Jão, do Ratos do Porão, fala sobre importância do Black Flag, que faz show único em SP

Black Flag chega ao Brasil pela primeira vez para show único em São Paulo
Em 1995, o Ratos de Porão lançou uma série que ficou bastante conhecida: o duplo Feijoada Acidente? - álbum de covers para bandas punks influentes, com direito a uma versão nacional e outra internacional. O título do álbum é uma paródia a outro disco de covers, lançado pelo Guns N' Roses, The Spaghetti Incident?. E no meio dessas canções, há uma versão sensacional de "Police Story" do Black Flag - faixa presente no álbum de estreia do grupo, Damagedlançado em 1981. 

Jão, guitarrista e fundador do Ratos do Porão, foi um entre tantos moleques impactados pela sonoridade alucinante e original do Black Flag. “Quando apareceu, né, meu, era uma sonoridade muito nova. Pega os quatro primeiros anos da banda, era um negócio muito diferente, pra frente do seu tempo, com aquelas guitarras tornas, uma mina no baixo”. Já no movimento punk, Jão conta que foi ouvir Black Flag pela primeira vez em 1981, “quando começaram a aparecer uns compactos”, pro delírio da galera envolvida com esse som. 

Devido à postura e som, João aponta o Black Flag como “imprescindível” e que, assim como Circle Jerks e Middle Class, influenciou demais o começo do Ratos do Porão, “que era aquela coletânea Sub, antes do (João) Gordo entrar na banda, antes do Crucificados pelo Sistema”. Era a influência do hardcore americano abrindo possibilidades ao punk de todo o mundo. “Aquelas guitarras tortas, pô, no começo do Ratos a gente não sabia e nem tinha condição de fazer um som naquele estilo, mas adaptamos à nossa realidade e aquilo que conseguimos tocar”. 

Além do começo arrebatador e marcante ao punk/hardcore, Jão menciona o impacto que mais pra frente foi ouvir My War, o segundo disco do Black Flag. “Aquela bagulho tenso, com uma sonoridade obscura. Os caras sempre foram se renovando e fazendo discos diferentes, sem perder a marca registrada da banda. Acho a discografia do Black Flag bem foda e interessante”, conta o guitarrista.

O Black Flag, instituição do punk/hardcore mundial, vem pela primeira vez ao Brasil para uma única apresentação dia 7 de julho, em São Paulo, com realização da Powerline Music & Books.


Black Flag em São Paulo 
Data: 7 de julho de 2019 
Horário: a partir das 18 horas 
Local: Carioca Club 
Censura: 16 anos 
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros/SP 
Ingresso: 
1º lote R$110 (Meia entrada / Estudante / Promocional)  - ESGOTADO!
2º lote R$130 (Meia entrada / Estudante / Promocional) 
Camarote 1º lote R$180 (Meia entrada / Estudante / Promocional) 
Camarote 2º lote R$200 (Meia entrada / Estudante / Promocional) 
*(Promocional para não estudantes doando 1 kilo de alimento não perecível) 
Online: https://pixelticket.com.br/eventos/3429/black-flag-em-sao-paulo
Evento: https://www.facebook.com/events/2353111234751582 

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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