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O Limp Bizkit está de volta ao Brasil quase dois anos após sua aclamada performance no festival Lollapalooza em 2024. Desta vez, a banda retorna como headliner de seu próprio evento, o Festival Loserville, em um show único no Estádio Allianz Parque, na Barra Funda, em São Paulo.
O Loserville poderia facilmente ocupar um dos palcos do Primavera Sound ou do próprio Lollapalooza, pois traz atrações inéditas para o público brasileiro, como Ecca Vandal, Slay Squad e Riff Raff, além dos já conhecidos Bullet For My Valentine (BFMV) e 311.
Após suas apresentações nos festivais Lollapalooza (Brasil, Chile e Argentina), Asuncionico (Paraguai) e Estéreo Picnic (Colômbia) em março de 2024, o Limp Bizkit rodou o planeta com as imagens da multidão histérica de mais de 100 mil pessoas no Hipódromo de Buenos Aires, pulando e cantando o hit "Break Stuff". A cena viralizou a tal ponto que se tornou uma meta a ser repetida pelas plateias em cada uma das paradas da turnê de 2025 da "turma do boné vermelho".
Com shows esgotados em arenas da Polônia, Alemanha, Cazaquistão, Suíça, Inglaterra, Holanda e Dinamarca, as imagens de todas as apresentações repetiram a mesma energia do público argentino, estremecendo as estruturas em cada etapa da turnê de Fred Durst. Eles também atuaram como banda de abertura na atual turnê do Metallica.
A Trajetória do Limp Bizkit
O Limp Bizkit é uma das bandas mais populares e controversas do que foi batizado pela mídia norte-americana como movimento nu metal, que dominou o cenário musical entre o final dos anos 90 e o início dos anos 2000. No Brasil, o gênero demorou um pouco mais para se popularizar.
Liderada pelo carismático (e muitas vezes polêmico) Fred Durst, a banda misturou o peso do metal com as batidas e rimas do hip-hop de uma forma que definiu uma geração. O grupo surgiu em Jacksonville, Flórida, quando Durst, então tatuador, conheceu o baixista Sam Rivers, que trouxe seu primo, o baterista John Otto. Logo depois, o guitarrista Wes Borland e o DJ Lethal (ex-House of Pain) completaram o time. O nome "Limp Bizkit" (algo como "biscoito mole") foi escolhido justamente por ser estranho, visando afastar quem não estivesse disposto a ouvir algo fora do comum.
O álbum de estreia, Three Dollar Bill, Y'all (1997), apresentava um som cru e agressivo e estourou com o apoio da banda Korn. Através de turnês conjuntas, eles ganharam espaço na MTV, especialmente com o cover de "Faith", de George Michael. Com o álbum seguinte, Significant Other (1999), tornaram-se superestrelas globais. Hits como "Nookie", "Break Stuff" e "Re-Arranged" levaram o disco ao topo das paradas de vendas.
O Limp Bizkit era amado por milhões, mas odiado por críticos e puristas do rock. Fred Durst tornou-se uma figura polarizadora, e eventos como o caos no festival Woodstock '99, onde a banda foi acusada de incitar a violência durante "Break Stuff", ajudaram a consolidar a imagem de "bad boys" perigosos.
O auge comercial veio no ano seguinte com Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000), que vendeu mais de um milhão de cópias (em CD e fita K7) apenas na primeira semana, impulsionado por "Rollin'" e "My Way". O guitarrista Wes Borland, o "coração artístico" da banda, saiu e voltou diversas vezes. Sem ele, lançaram Results May Vary (2003), que embora trouxesse o hit "Behind Blue Eyes" (cover do The Who), não alcançou o mesmo impacto criativo.
A banda encerrou atividades em 2006, mas a formação original se reuniu para o álbum Gold Cobra (2011). Após anos de mistério, surpreenderam o público em 2021 com o álbum Still Sucks, muito bem recebido por abraçar a própria identidade com bom humor.
O Que Esperar do Show em São Paulo?
O Fenômeno "Break Stuff" em dobro:
A estratégia de tocar o maior hit no início e no fim do show virou uma marca da turnê Loserville, criando um pico de energia imediato e garantindo que o público saia em êxtase. Ver a canção ser executada duas vezes no Allianz Parque será simbólico, dado o histórico de "caos controlado" que ela gera.
Homenagem a Sam Rivers
O festival deste sábado terá uma carga emocional forte. Richie Buxton assumiu a difícil tarefa de substituir o lendário baixista Sam Rivers, que nos deixou precocemente em outubro de 2025. Richie já integrava a turnê como produtor de Ecca Vandal, o que facilitou a integração técnica e emocional. Durante o show, a banda tem feito pausas para homenagear Rivers, utilizando a música "Drown" como o momento central do tributo, acompanhada de projeções especiais.
Setlist Provável:
Break Stuff (Abertura)
Show Me What You Got
Hot Dog
My Generation
My Way
Rollin’
Dad Vibes
Drown / Behind Blue Eyes
Re-Arranged
Nookie
Full Nelson
Boiler
Faith
Take a Look Around
Break Stuff (Encerramento)
Sobre o festival
Os horários para o festival Loserville, que acontece neste sábado, 20 de dezembro de 2025, no Allianz Parque, em São Paulo, já foram confirmados.
Programação de Shows
14h00: Abertura dos portões
16h00: Slay Squad
16h50: RiFF RAFF
17h20: Ecca Vandal
18h15: 311
19h30: Bullet For My Valentine
21h05: Limp Bizkit
Riff Raff
Nascido Horst Christian Simco, o rapper americano do Texas é conhecido por sua estética extravagante, tatuagens coloridas e dentes de diamante. Ganhou notoriedade no início dos anos 2010 como parte do grupo Three Loco e por sua associação com a gravadora Mad Decent, de Diplo. Seu estilo mistura cloud rap com letras humorísticas e surreais, tornando-o uma figura icônica da cultura da internet.
Ecca Vandal
Uma força da natureza vinda da Austrália (com ascendência sul-africana e cingalesa). Ecca Vandal desafia gêneros, fundindo punk rock, hip-hop e música industrial. Sua voz poderosa e performance enérgica chamaram a atenção do mundo com o álbum autointitulado de 2017. Ela é frequentemente comparada a artistas como Gwen Stefani e MIA, mas com uma pegada muito mais pesada e crua.
Slay Squad
Coletivo americano que é um dos principais expoentes do trap metal. O grupo mistura a agressividade do hardcore punk com as batidas graves e rápidas do trap. Conhecidos por seus "mosh pits" intensos e letras que abordam a vida urbana e revolta, eles representam a nova onda de bandas que eliminam totalmente as barreiras entre o hip-hop e o heavy metal.
311
Formada em Omaha, Nebraska, em 1988, a banda é veterana na fusão de ritmos. O som do 311 é uma mistura ensolarada de rock alternativo, reggae, hip-hop e funk. Alcançaram o auge do sucesso comercial nos anos 90 com hits como "Down" e "Amber". Com décadas de estrada, eles construíram uma base de fãs extremamente fiel (conhecida como "excitable ones") e são famosos por suas turnês de verão constantes.
Bullet For My Valentine
Banda galesa formada em 1998, que se tornou um dos maiores nomes do metalcore mundial. Com o lançamento do álbum The Poison (2005), eles definiram o som de uma geração, unindo solos de guitarra técnicos inspirados no thrash metal com refrões melódicos e emocionais. São figuras carimbadas nos maiores festivais de rock do mundo e continuam evoluindo seu som para direções cada vez mais pesadas.
Apresentarão o álbum de estreia na íntegra no Loserville.
Dicas Importantes:
Classificação Etária:
16 anos (menores de 5 a 15 anos entram apenas acompanhados pelos pais ou responsáveis).
Ingressos:
Confira o aplicativo da Eventim ou o site oficial para garantir que o QR Code esteja disponível em modo offline.
Acesso:
O Allianz Parque possui diversas entradas (Matarazzo, Palestra Itália e Padre Antônio Tomás). Verifique o portão específico no seu ingresso.
Previsão de Término:
As atividades devem se encerrar por volta das 23h30.
Itens Proibidos:
O estádio é rígido com mochilas grandes, guarda-chuvas e garrafas rígidas (prefira capas de chuva e copos de plástico).
Transporte:
A estação Palmeiras-Barra Funda (Linha 3-Vermelha) é a mais próxima. Vale conferir se haverá extensão de horário no metrô/CPTM.
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Limp Bizkit
