Foto: Adriana Vieira
Por Bruno Eduardo
Aos 68 anos de idade, Elton John voltou ao Rock in Rio para escrever mais um capítulo que enriquece a história desse festival. Vestido com um roupa de gala azul cintilante com cristais, ele entrou no Palco Mundo ao som de "The Bitch Is Back". Na seqüência, "Bennie And The Jets", do clássico Goodbye Yellow Brick Road (lançado em 1973) e a levada magistral de "Candle In the Wind" - famosa por ter sido executada no funeral da princesa Diana. Sentando em seu piano e acompanhado por um baita time de músicos clássicos, ele desfilou uma trilha magnífica de canções consagradas - principalmente dos anos setenta. Embora, o repertório não traga muitas surpresas, o show é muito superior ao número apresentado na edição de 2011 - que acabou ficando marcada pela hostilização dos fãs da cantora Rihanna, que praticamente o enxotaram do palco.
Muito simpático, o músico intercalou sucessos com algumas improvisações no piano. Em um dos grandes momentos da noite, ficou a versão estendida de "Levon" - que ganhou um upgrade de quase três minutos. Embora o show seja baseado no cardápio R&B/Pop que marcou o início de sua carreira, é de carona nas baladas que ele conquista a multidão que segue encantada durante toda a apresentação. Músicas de forte apelo emotivo como "Skyline Pidgeon" causam comoção no público, que com as mãos levantadas, fazendo um lindo mar de braços que balançam de lado a lado em plena sintonia com o artista.
Já a parte final é marcada por faixas mais animadas como "Your Sister Can't Twist" e "Saturday's Night Alright ( For Fighting)", e "Crocodile Rock", que fecha o melhor show da noite.
Assim como Queen (1985), Neil Young (2001) e Bruce Springsteen (2013), dessa vez foi Elton John quem ajudou a emoldurar a galeria de obras marcantes que consolidam os trinta anos do Rock in Rio.
Foto: Adriana Vieira
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