Johnny Winter: o blues perde seu garoto prodígio

O mundo perde Johnny Winter aos 70 anos de idade

Por Bruno Eduardo

Quem poderia imaginar que aquele garoto albino de Beaumont, Texas, que cresceu ouvindo lendas como Elmore James e Muddy Waters, deixaria o planeta como um dos últimos representantes de um estilo genuinamente negro? 

A relação de Johnny Winter com o blues sempre foi cósmica. Era de outras vidas. Eu sempre acreditei na tese que há um plano superior, pré-vida, para pessoas como Hendrix, Joplin, Lennon e outros que já habitaram ou habitam ainda este planeta. Nada explica a ligação precoce com a arte. Os imortais parecem possuir uma linguagem universal para tocar diversas gerações. Em um mundo onde todos parecem ter muita coisa a dizer, a guitarra de Johnny Winter se cala. É uma pena, já quase ninguém falou tão bem quanto aquela Gibson Firebird.


Ouça: I'm Yours And I'm Hers

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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