Ozzy Osbourne morre aos 76 anos: o adeus do Príncipe das Trevas

Foto: Bruno Eduardo / Rock On Board

Hoje o mundo do rock amanheceu mais triste e silencioso, estamos órfãos. Um dos maiores ícones de todos os tempos nos deixou: John Michael Osbourne, o eterno Ozzy Osbourne, vocalista lendário do Black Sabbath e figura central na criação do heavy metal.

Aos 76 anos, Ozzy faleceu apenas 17 dias após o último grande show de despedida, intitulado Back to the Beginning, realizado em 5 de julho no Villa Park, em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal do cantor. A apresentação foi marcada pela emoção e reuniu milhares de fãs em um momento histórico que agora se torna ainda mais simbólico: foi o último adeus nos palcos.

O músico já vinha enfrentando complicações de saúde nos últimos anos, especialmente por conta do diagnóstico de mal de Parkinson, além de outras condições que o afastaram da rotina intensa de turnês. Ainda assim, até o fim, Ozzy se manteve como símbolo máximo de resistência, autenticidade e entrega.

Mais do que um cantor, Ozzy foi e sempre será uma figura mítica no universo do rock. Dono de uma voz inconfundível, presença de palco única e personalidade irreverente o transformaram em referência para gerações inteiras de músicos e fãs. Fundador do Black Sabbath, ajudou a moldar a sonoridade sombria e poderosa do metal, levando o gênero a outro patamar.

E em meio a esse luto coletivo que toma conta da comunidade rockeira, divido aqui uma memória pessoal. A primeira vez que cantei uma música do Black Sabbath foi “N.I.B.”, eu tinha 17 anos e foi como se eu entrasse diretamente no universo que Ozzy ajudou a criar. Que responsabilidade enorme e, ao mesmo tempo, uma das experiências mais felizes da minha vida.
Nesse momento, me pego pensando em quantas pessoas também carregam memórias incríveis do nosso eterno "Madman", quantas vidas ele tocou e quantas pessoas ele inspirou.

Ozzy sempre foi uma referência vocal pra mim. Não pela técnica, mas pela entrega e por toda emoção. Pela coragem de ser exatamente quem era, estranho, exagerado, único.

Hoje, essa luz o acolhe. E por mais que doa, a gente agradece. Por cada disco, cada música, cada obra, cada grito. E por tudo que ele nos fez sentir na pele. Ozzy não morreu. Ele apenas atravessou o último corredor escuro e encontrou, enfim, a paz do outro lado, ele voltou para casa.

Obrigada por tudo, lenda. Que os deuses do rock te recebam com a mesma honra com que te celebramos aqui.

Somos breves, o que acontece depois do fim?
O que existe depois das trevas?

Talvez… a luz.
Talvez a imortalidade de quem jamais será esquecido.

Karla Beltrani

É colaboradora do site Rock On Board e apaixonada por música e Rock N´ Roll desde que se entende por gente e não vive sem uma boa trilha sonora! Adotou o Hard Rock como sua vertente preferida nesse enorme universo chamado Rock! Já foi vocalista de um Whitesnake Tributo, suas três bandas de cabeceira são: Aerosmith, Kiss e Whitesnake, além de ser fã assumida da banda KISS! Tendo a façanha de entrevistar personalidades do Rock como: David Gilmour (Pink Floyd) e Ozzy Osbourne (Black Sabbath)

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