Foto: Carol Goldenberg / Rock On Board
A banda australiana Amyl and the Sniffers desembarcou nesta primeira semana de março no Brasil para uma série de apresentações que prometiam incendiar o público brasileiro. E o resultado não foi nada diferente do esperado. Após uma performance eletrizante em Belo Horizonte, o quarteto chegou a São Paulo para seu único show solo no país, com uma performance que ficará na memória dos fãs. Conhecidos por sua energia avassaladora e atitude punk irreverente, eles não decepcionaram nesta turnê tão aguardada.
Em uma casa lotada, com ingressos esgotados, desde os primeiros acordes, ficou evidente que a noite seria intensa. A vocalista Amy Taylor, com sua presença de palco magnética e postura desafiadora, conduziu a plateia por uma montanha-russa de emoções. Seu estilo único, que mescla agressividade e carisma, capturou imediatamente a atenção de todos, que vibraram freneticamente a cada canção.
O repertório trouxe uma mistura de clássicos e faixas do álbum mais recente, Comfort to Me (2021), além de hits dos seus demais discos. Músicas como "Got You", “Chewing Gum”, “Jerkin’” “Tiny Bikini” e "Hertz" foram recebidas com entusiasmo, gerando um fervor coletivo na plateia.
Foto: Carol Goldenberg / Rock On Board
A conexão entre banda e público foi instantânea. Amy Taylor, que não parou de se movimentar no palco, incentivou a interação, convidando os presentes a pular, gritar e dançar. A casa virou uma verdadeira roda punk gigante, com diversas pessoas surfando no público. Não se via uma só pessoa parada. O calor brasileiro pareceu alimentar a performance do grupo, que transmitiu sua irreverência sem limites. As letras, abordando temas como liberdade, rebeldia e empoderamento, bem como os discursos potentes de Amy, encontraram eco no coração dos fãs brasileiros, que se entregaram de corpo e alma à apresentação.
Embora Amy seja o destaque natural, a sinergia entre os membros foi evidente. O guitarrista Dec Martens, com riffs afiados e postura descontraída, criou uma base sólida para as músicas. O baixista Gus Romer e o baterista Bryce Wilson mantiveram o ritmo com precisão e intensidade. Essa química elevou o show, transformando-o em uma experiência coletiva, onde cada nota e palavra ressoavam profundamente.
O show foi uma prova de que o rock e o punk ainda têm muito a oferecer e que o público brasileiro está mais do que pronto para recebê-los. Ficou claro que a banda solidificou seu lugar como uma das principais revelações do rock contemporâneo.
A turnê brasileira continua com apresentações em São Paulo (08/03) e Curitiba (09/03), onde Amyl and the Sniffers abrirá para o The Offspring, ao lado de The Warning, The Damned, Rise Against e Sublime, prometendo mais noites inesquecíveis para os fãs.
