Foto: Rafael Strabelli
Pela quarta vez no Brasil, e a segunda fora do circuito de festivais, Aurora trouxe sua nova turnê What Happened To The Earth? Part 3 apenas para São Paulo. Peles, corações, facas, dores, amores e ecologia foram alguns dos símbolos trabalhados por ela em uma apresentação lírica e de fortes emoções no Espaço Unimed na noite do dia 16 de novembro para uma plateia de 8 mil pessoas que, em sua grande maioria, sabia exatamente o papel de cada um desses símbolos no show da artista norueguesa.
Aurora leva a sério a autenticidade quando pisa (sempre descalça) no palco. Em era de cantoras pop muito à vontade usando faixas pré-gravadas para empurrar seus vocais, é um show à parte ver Aurora fazer tudo ao vivo de verdade. É visível como a loira de 28 anos coloca a respiração e o diafragma para trabalhar e produzir um show de mais de 1h40 com diversas texturas e tessituras vocais. Versos que se prolangam em floreios líricos, notas graves que saltam para alturas impressionantes, diversas vocalizações e canto tradicional escandinavo. Além da própria Aurora, apenas duas backing vocals/tecladistas, um guitarrista e um baterista.
O palco era estoico. Apenas a protagonista ao centro, com um grande telão atrás completando a imagem. Fumaça e luzes que quase criavam um efeito sombrio sobre a cantora, pintando uma vibe diferente a cada nova música. No caso de músicas como "When The Dark Dresses Lightly" e "The Blade", Aurora surgia com uma aura mais enigmática e tensa. Já em "Some Type of Skin" e "Giving Into The Love", a cênica era muito mais solar. E claro que "Starvation" foi um arrebatamento particular, com seu final poderoso que transformou o Espaço Unimed em uma grande balada com pessoas pulando no ritmo das luzes piscando sem parar.
Em alguns momentos, Aurora convidava o público para apreciar interpretações bastante íntimas de suas músicas. "Infections of a Different Kind" e "Echo of My Shadow" fizeram a dobradinha mais sombria da noite, com instrumentação escassa, mas grande performance de Aurora e suas backing vocals. Já "The River" foi executada praticamente como drone music. Apenas uma única nota foi deixada ecoando pelo espaço enquanto toda a banda se reuniu em volta da cantora para executar a música a cappella. A balada romântica "Exist For Love" foi um dos momentos mais marcantes. Aurora foi acompanhada apenas por uma guitarra limpa e as vozes de apoio entravam para complementar as camadas vocais. O público cantou junto, assoviou e mostrou apoio, mas sem ferir a tênue vulnerabilidade da performance.
Ao vivo, fica claro como Aurora é som e luz, voz e também corpo. A interpretação de cada música carrega gestos e movimentos que ora são de força e ora de delicadeza, mas sempre cheios de graça. Não houve uma única música que não tenha feito a cantora usar o corpo inteiro para se comunicar, seja a doçura de "Heathens", o drama épico de "The Seed" ou o entusiasmo contagiante de "Cure For Me".
Confiança nunca foi um problema para a norueguesa. Desde que se lançou na música ainda bem jovem, ela sempre demonstrou seu protagonismo. As 8 mil pessoas que comparecerem ao show tiveram a oportunidade de conferir não só uma apresentação completa, mas também a versão mais madura de Aurora e ainda mais dona de si e dos simbolismos que vem acumulando em seu repertório ao longo da carreira. Arrebatadora na potência vocal e na forma como constrói sua apresentação, ela diverte, emociona e inunda cada verso com propósito e significado, criando um vínculo quase sagrado com o público.
O show dela não foi tudo isso ai escrito não....foi um show muito curto uma hora e trinta minutos exatos foi rápido de m emais para quem estava esperando ela na fila desde quinta feira fora o intervalo de uma hora aguardando para o show começar a impressão é que ela estava com pressa para ir embora...fora que o local do espaço Unimed é muito quente e o palco muito baixo
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