Rock in Rio: Pato Fu e Penélope justificam relevância em show nostálgico

Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
 
Duas baterias no palco. Duas bandas ao mesmo tempo executando uma das canções mais emblemáticas da história do Pato Fu. "Eu", ótima releitura do Graforréia Xilarmônica, foi a escolhida para abrir o show desta edição comemorativa do Rock in Rio. A apresentação que abre o Palco Sunset neste sábado, vem marcada por requintes de celebração. Além dos 40 anos do festival, temos também as turnês comemorativas da Penélope, que retorna com os 25 anos de seu debut, e o Pato Fu, que vem de uma turnê de 30 anos de carreira.
 
Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
 
Mesmo que as bandas tenham tentado construir um formato diferente, era impossível que a nostalgia ficasse de fora numa reunião desse tipo. As duas bandas subiram juntas no palco, mas logo depois da faixa de abertura, o Pato Fu deu lugar para Penélope, que liderada pelo carisma implacável de Érika Martins, foi enfileirando canções que marcaram gerações e influenciaram muitas meninas. "Namorinho de Portão", "Holiday", e uma versão bacanérrima de "Ciranda da Bailarina", fez muita gente cantar e dançar debaixo de um sol que castigava os que chegaram cedo. Quando Fernanda Takai é convidada para retornar ao palco, elas dividem "Canção Para Viver Mais", da própria Érika Martins.
 
Foto: Adriana Vieira / Rock On Board
 
"Posso ficar aqui no palco para sempre?", brinca Érika, que sai de cena e deixa o palco só para o Pato Fu executar um de seus maiores e mais belos sucessos: "Perdendo os Dentes". Como em todas as edições do Rock in Rio, o Queen é lembrado por algum artista. Ricardo Koctus puxou um coro "We Will Rock You", como introdução para o ponto alto da apresentação, que foi a execução de "Sobre o Tempo", com direito a cantoria do público à capela e um solo de guitarra dos bons, de John Ulhoa.

Houve ainda tempo para homenagens. Primeiro à Rita Lee. Que rolou num dueto entre Takai e Érika em "Ovelha Negra", além de uma reunião inesperada no palco com Erika Nande, Constança Scofield e Mário Jorge Heine em "Der Monde". Finalizando a apresentação, uma das grandes influências de Érika Martins, o B-52's foi lembrado em "Private Idaho". Nostálgico.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
Banner-Mundo-livre-SA