Limp Bizkit incendeia o Lolla com hits de toda a carreira

Foto: Carolina Demper / Lollapalooza
 
O show do Limp Bizkit no Lollapalooza mostrou o que foi de fato o age do Nu Metal, que marcou o início dos anos 2000: caos, energia e peso. Sim, a energia é ímpar desse estilo quando tratamos de show, e o do Limp é um caso à parte, porque, convenhamos, os caras não fazem feio. É quase uma certeza de showzaço. 

Sem nenhuma delonga, e com um repertório enxuto, foi lindo ver toda a plateia pulando e abrindo rodas de pogo gigantes, aproveitando cada riff tocado em cada música. A cada apresentação, vemos uma banda ainda mais sênior e coesa, não que há 25 anos atrás não fosse, mas hoje a coisa é diferente. Fred Durst, com seus 53 anos, se mantém longe dos conflitos que arrumava a todo momento no auge da banda. Quem não lembra de episódios como Woodstock de 99 - onde incentivou um quebra-quebra do lugar. Já hoje, ele comanda o caos controlado e promove boas palavras: "Eu queria beijar cada um de vocês no rosto. Não, vocês não me amam, eu que amo vocês", agradecendo ainda as pessoas que lotavam os morros que cercavam o palco. Nada como o tempo e a maturidade, não é mesmo?

A apresentação foi digna de um headliner, e para isso, porque não começar (e terminar!) a festa com "Break Stuff" para colocar a casa abaixo de vez e finalizar com o que sobrou do povo? E assim foi. 

A energia e o caos estavam tomados, quando em modo quase à capela, aparece "Hot Dog", com o violento riff do incrível guitarrista Wes Borland - isso sem contar o visual do cara, que é uma de suas marcas registradas. Para quem não sabe, ele muda de figurino a cada turnê, ou quando tá a fim. "Tom Cruise está aqui!", e lá veio "Take a Look Around", que incendeia ainda mais o público.
 
Foto: Carolina Demper / Lollapalooza
 
É até difícil definir toda a potência e vibração que os caras possuem no palco. Dá até para ter uma noção quando se ouve os álbuns do grupo em alto volume, mas ter a experiência de sentir canções como "My Generation" ao vivo, e versão ultrarrápida - o baterista John Otto pegou forte - é algo surpreendente. E o que falar dos covers clássicos da banda, que ficam ainda muito mais pesados? "Faith" de George Michael - um destaque para a voz de Fred - e "Behind Blue Eyes" do The Who até hoje levam muitos novos fãs a conhecerem as originais por tamanha beleza em suas versões.

E ainda tivemos "Nookie" que foi um dos primeiros sucessos da banda, "Boiler" e "My Way", com todo mundo cantando a letra, palavra por palavra. 

Depois de uma pedrada na cabeça com esse show, o que podemos esperar? Com certeza apenas esperar para mais um show da banda em terras Tupiniquins. E rezar para que seja rápido.

Assista abaixo a nossa cobertura em vídeo do Lolla 2024

Rom Jom

Fotógrafo, jornalista, mochileiro, baixista, punk rocker e decano de roda de pogo. Pela Rock On Board cobriu vários festivais como Maximus e RIR além de entrevistas com Rival Sons, Linkin Park, Cypress Hill, Comeback Kid, Red Fang e muitas outras.

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