Bayside Kings reflete sobre energias opostas da vida no EP Dualidade

 
Foto: Jow Head

Repetente Records, criada e administrada por músicos da banda CPM22, Badauí, e Phil Fargnoli, surgiu em 2022 para fortalecer o rock/punk rock em parceria com uma das maiores distribuidoras de música digital do mundo, a inglesa Ditto Music, além de assessoria de imprensa da Tedesco Mídia.
No início de 2023, o selo anunciou Rick Lion como diretor artístico.

O nome tem tudo a ver com perseverança e persistência na música. Repetente tem a ver com a rebeldia contra padrões. Na escola, muitas vezes o aluno “repetente” é aquele que não se encaixa nos moldes, mas eventualmente encontra na música uma forma de vencer na vida.

Ele repete não por incapacidade, mas por não ligar, não se interessar pelas mesmas coisas ou por estar enfrentando problemas maiores e mais urgentes fora da escola. Em vez de copiar a lousa, ele está sempre criando - fazendo desenhos, escrevendo rimas, bolando planos, fantasias impossíveis, se divertindo com uma realidade menos careta e injusta.

Fazem parte do selo as bandas Anônimos Anônimos, Fibonattis, Faca Preta, Escombro, Chuva Negra, Magüerbes e Bayside Kings, de quem vamos falar agora.

Foto: Jow Head

Na estrada desde 2010, o quarteto santista BAYSIDE KINGS está lançando um novo EP, “Dualidade”, são quatro faixas que trazem em todas elas essa ideia plural, dos opostos, da dualidade: “(Des)Obedecer”, “Entre a Guerra e a Paz”, “Na Dor / No Amor” e Pare(Ser).

“Dualidade” é a terceira parte, de quatro, que juntas formaram o álbum conceitual #livreparatodos

(Des)obedecer, o primeiro single deste EP, é sobre romper limites e crenças que impedem o indivíduo de ser autêntico e seguir a vida por si. É um levante contra as amarras da sociedade e encorajar as pessoas a se posicionarem contra algo que não concordam.

Entre a Guerra e a Paz traz em debate o conceito de 'os fins justificam ou meios' e incentiva o livre arbítrio, se desprender das amarras do julgamento alheio, mesmo que isso tenha o seu preço. Este foi o segundo e último single.

Já a inédita Na Dor/O Amor traz mensagens e reflexões sobre aprendizados de vida ao longo dos anos, alguns que vêm mais prazerosos, pelo amor, outros mais amargos, pela dor. O ponto de inflexão é entender qual caminho buscar a partir deste questionamento.

A também inédita, e faixa que fecha o EP, Pare(Ser), critica como a imagem, para o sociedade de consumo, é mais importante do que o indivíduo realmente é. Vale mesmo a pena publicar em redes sociais cada passo ou, ainda, publicar tudo antes mesmo de se ter de fato a experiência?

“Dualidade” trás a banda madura, após 13 anos de estrada, e mostra como conseguiram mesclar influências diversas e apresentarem um som próprio, onde ao mesmo tempo o som é agressivo e com refrões melódicos, além de consolidar a noa fase, com letras em português, que se iniciou com o momento sócio-político brasileiro e a necessidade que os membros da banda acharam de dialogar com um público mais amplo, e levar suas ideias a um número cada vez maior de pessoas.


Ficha técnica

Músicas produzidas por Bayside Kings
Letras: Milton Aguiar
Músicas: Bayside Kings
Gravado, mixado e masterizado por Estúdio TOTH

Bayside Kings é:

Milton Aguiar (vocal)
David Gonzalez (bateria)
Emanuel Filgueira (baixo)
Matheus Santacruz (guitarra)

Acompanhe a banda:

https://linktr.ee/baysidekings


Ricardo Cachorrão

Ricardo "Cachorrão", é o velho chato gente boa! Viciado em rock and roll em quase todas as vertentes, não gosta de rádio, nunca assistiu MTV, mas coleciona discos e revistas de rock desde criança. Tem horror a bandas cover, se emociona com aquele disco obscuro do Frank Zappa, se diverte num show do Iron Maiden, mas sente-se bem mesmo num buraco punk da periferia. Já escreveu para Rock Brigade, Kiss FM, Portal Rock Press, Revista Eletrônica do Conservatório Souza Lima e é parte do staff ROCKONBOARD desde o nascimento.

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