Embora as duas bandas já tenham mais de 20 anos de estrada e venham aumentando o público consistentemente ano após ano, os franceses do Gojira e os americanos do Mastodon não são tão conhecidos como deveriam. E por si só esse já é um motivo para qualquer fã de música pesada ir ao show. A seguir, mais três motivos para não perder essa apresentação.
1. ALTA INTENSIDADE
Juntos, os shows das duas bandas tem cerca de 2 horas e meia de duração. O setlist de cada uma é pouco mais de 1 hora de duração. Embora possa ser um show curto, já que as duas bandas costumam passar das 1h40 em suas apresentações solo, Gojira e Mastodon compensam com intensidade. Os músicos não guardam energia para depois e uma hora para cada uma é uma medida bastante satisfatória.
2. REPERTÓRIO
O Gojira está no espectro do death metal progressivo. Já o Mastodon traz elementos de sludge, stoner e também do progressivo. Ou seja, nenhum desses Mega-Monsters fazem o heavy metal padrão. Nesses shows cheios de intensidade, não há espaço para baladas. É quase sempre paulada atrás de paulada, apenas com variações dinâmicas.
O Gojira apresenta um bom número de faixas de seu último trabalho, Fortitude (2021), e diversas outras composições que já são clássicas dos franceses, como "The Gift of Guilt" e "The Art of Dying", sem deixar de fora "Silvera" e "Stranded", ambas com incríveis riffs.
O Mastodon, por sua vez, tem tocado apenas duas faixas de seu último trabalho, Hushed And Grim (2021), e completa o repertório com pedradas de quase todos os discos anteriores.
3. BATERISTAS MONSTROS
Ver Gojira e Mastodon na mesma noite é a oportunidade de presenciar dois grandes bateristas do nosso tempo fazendo suas mágicas. Brann Dailor, do Mastodon, é conhecido por sua hiperatividade no instrumento, encaixando batidas e viradas sempre que possível, sem preguiça. Mas além de conduzir a banda com tom-tons, caixas e bumbos, Dailor também assume os vocais em diversas músicas e é um dos principais compositores do grupo, atuando também na conceito de cada álbum do Mastodon.
Já Mario Duplantier, do Gojira, é uma força da natureza, reconhecido como um dos mais vorazes e vigorosos bateristas de metal em atividade. Força, dinâmica e precisão constantes mostram como Duplantier domina os fundamentos do instrumento e do metal que se propõe a tocar. Faixas como "The Cell", "Grind", "The Arte of Dying" e "Born For One Thing" falam por si próprias.