Black Flag, L7 e Mukeka di Rato entregam noite de 'rock underground raiz'

Foto: Rom Jom
 
O quarteto californiano feminino, L7, fez no domingo (29), mais uma apresentação da sua mini turnê brasileira "The Best of L7", agora no Sacadura 154, no Rio de Janeiro. Capitaneadas por Donita Sparks (voz e guitarra), as meninas Suzi Gardner (voz e guitarra), Jennifer Finch (baixo) e Demetra Plakas (batera) botaram pra quebrar naquele que era o show de abertura da atração principal da noite, a lendária banda punk Black Flag.

Com a casa praticamente lotada, as meninas entraram pontualmente às 19:20h, horário marcado para início do show. Com uma apresentação enérgica e nostálgica, desfilando no palco seus maiores sucessos, como "Monster" e "Pretend we're Dead, a banda saciou a vontade do público presente, formado por pessoas de todas as idades, mas surpreendentemente por muitos jovens. Vale lembrar, que após um hiato de 15 anos, a L7 voltou a se reunir em 2014 e gravou o álbum Scatter the Rats em 2019.

Com hits do seu álbum mais famoso, Bricks Are Heavy, em um show que durou aproximadamente 1h30, elas mostraram que o tempo só as fizeram bem. O público, claro, agradeceu o que viu no palco, pois o que mais se ouvia nas rodas após a apresentação era: "que showzão!"

Black Flag não deixa pedra sobre pedra

Foto: Rom Jom
 
Após o sarrafo ficar lá no alto depois da apresentação arrebatadora do L7, o Black Flag fez um show dividido em duas partes bem distintas: a primeira focada na fase de Henry Rollins e com destaque ao álbum My War, e outra onde não sobrou pedra sobre pedra no Sacadura 154!
 
Black Flag no palco é a maior síntese do "a simplicidade é o último grau da sofisticação". Greg Ginn "simplifica o Punk ao inverso", criando riffs complexos para o gênero. Porém, sem parafernálias, e diga-se "parafernálias" pedais, algo absolutamente normal na maioria das bandas.

Formado atualmente pelo lendário Greg Ginn e Mike Vallely no vocal, tem também Harley Duggan no baixo e Charles Wiley na bateria, essas duas últimas posições as mais voláteis da banda.

O público presente se divertiu muito, era nítido. Muita roda punk, muita entrega e interação com a banda. Pode-se dizer que não houve quem tenha ido pra casa sem a sensação de ter vivido uma clássica noite de rock underground raiz na chuvosa e abafada noite de domingo carioca.

Na abertura, Mukeka di Rato faz show quente
 
Foto: Rom Jom
 
Em 43 minutos muito bem aproveitados com um show intenso e enérgico, os capixabas do Mukeka di Rato foram responsáveis por esquentar o público para uma noite que prometia ser épica, e que estava apenas começando. Com estrada o bastante para assumir a responsa de abrir pra duas bandas lendárias, os caras não decepcionaram e fizeram um show super divertido, capaz de chamar atenção até para quem não os conheciam. O show da banda foi uma bela saudação ao rock brazuca, que pelo menos nessa noite, provou que não deixa nada a desejar ao rock internacional!

RAFAEL RODRIGUES

Carioca, flamenguista e apaixonado por música! Flutuando entre o mundo corporativo e o lúdico musical. Algumas dezenas de shows cobertos e resenhas escritas, na aventura do rock'n roll desde sempre, escrevendo sobre há quase uma década!

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