“Evolução, Vol.2”, o fim da saga evolutiva da Plebe Rude

Plebe Rude

Evolução, Vol.2
⭐⭐⭐⭐ 5/5
Por  Ricardo Cachorrão 

A obra conceitual “Evolução” está pronta e gravada desde 2019, logo após a banda encerrar a turnê de divulgação do disco “Primórdios”, um ao vivo com regravações de músicas do início da banda. Após um dos shows desta turnê, estive com Philippe Seabra, André X, Clemente Nascimento e Marcelo Capucci e todos estavam extremamente empolgados com esse trabalho, que, dividido em duas partes, conta a história da humanidade, do surgimento do homem até os dias de hoje.

Acontece que logo após o lançamento de “Evolução, Vol. 1”, em dezembro de 2019, quando a banda se preparava para iniciar a turnê de divulgação do trabalho, o mundo foi assolado pela pandemia da covid-19, e todos os planos e projetos tiveram de ser colocados na gaveta.

Três anos e pouco depois, eis que o 22 de março de 2023 ficará marcado como a data de lançamento de “Evolução, Vol. 2”, em todas as plataformas digitais.

Alguns singles deste trabalho já haviam sido divulgados anteriormente, como “Vitória”, com participação de Dani Buarque, vocalista e guitarrista da banda The Mönic, “A Quieta Desolação”, com Ana Carolina Floriano, cantora mirim que já havia participado do Vol. 1, na faixa “Nova Fronteira” e “68”, faixa que “enfia o dedo na ferida”, num grito anti-ditadura da banda.

Neste segundo capítulo, temos mais 14 faixas inéditas e uma regravação, “Nova Era Tecno”, faixa do segundo disco da banda, “Nunca Fomos Tão Brasileiros”, de 1987, num arranjo muito caprichado, com direito a metais.

Depois de tanto tempo parados, a banda está afiada e animada para retomar a estrada, com inúmeras datas marcadas, a turnê de lançamento terá seu pontapé inicial no icônico Circo Voador, onde a banda dividirá o palco com os irmãos paulistas INOCENTES.

Se a banda está com grande expectativa pelos shows que virão, o público não está diferente, afinal, o trabalho é conceitual, contém duas músicas com mais de 10 minutos, muitos arranjos diferentes do que os “plebeus” estão acostumados, com backings femininos, metais, cordas e a banda prometendo passagens teatrais. Com 42 anos de estrada, a PLEBE RUDE continua viva e ainda mostra uma relevância enorme, perdida por boa parte do que sobrou do “roque nacional”, com seus artistas de direita ou “apolíticos”, se é que é possível se imaginar isso para quem é verdadeiro e sabe que o rock, antes de qualquer coisa, é contestatório, é irrequieto e sempre teve posição bem definida. Quem não entendeu isso, nunca ouviu direito. E viva a PLEBE, sempre RUDE!

Ricardo Cachorrão

Ricardo "Cachorrão", é o velho chato gente boa! Viciado em rock and roll em quase todas as vertentes, não gosta de rádio, nunca assistiu MTV, mas coleciona discos e revistas de rock desde criança. Tem horror a bandas cover, se emociona com aquele disco obscuro do Frank Zappa, se diverte num show do Iron Maiden, mas sente-se bem mesmo num buraco punk da periferia. Já escreveu para Rock Brigade, Kiss FM, Portal Rock Press, Revista Eletrônica do Conservatório Souza Lima e é parte do staff ROCKONBOARD desde o nascimento.

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