Slipknot reencontra fãs em show nostálgico e explosivo no Rio

Corey Taylor pediu desculpas por não ter voltado antes [Foto: Vinicius Pereira]
 
Sabe aquele seu bom e velho amigo?! Aquele que você não precisa falar todo dia ou toda semana para saber como andam as coisas e quais são as novidades, aquele amigo que você guarda no melhor lugar pois sabe que sempre esteve presente quando você mais precisou e é importante mesmo quando está ausente. Pois bem, a noite de quinta-feira (16/12) na Jeunesse Arena foi um reencontro muito esperado entre velhos e bons amigos.

O Slipknot não tocava em solo carioca fazia mais de 7 anos e sua legião de fãs sentia muita falta desse reencontro. A própria banda, através de seu vocalista, Corey Taylor, fez questão de ressaltar isso e de se “desculpar” pela demora em voltar ao país e à cidade do Rio de Janeiro. Vale ressaltar que o show no Rio foi uma oportunidade criada por conta do Knotfest Brasil, festival criado e idealizado pelo grupo, que acontece pela primeira vez no país neste domingo (18) em São Paulo.
 
Slipknot em seu primeiro show no Rio desde 2015 [Foto: Vinicius Pereira]
 
Diferentemente da última vez em que tocou no Rock in Rio para um público muito mais diverso e numeroso, dessa vez a banda de Iowa trouxe para o país um show muito mais íntimo e feito na medida para o fã que acompanha a banda desde seus primeiros lançamentos. Passando por cada um de seus 7 álbuns de estúdio, os mascarados entregaram toda a energia e vibração que se esperava deles, e puderam também sentir o calor do público que cantou junto absolutamente todas as músicas, até mesmo “The Dying Song (Time to Sing)”, única música do novo álbum (lançado em setembro deste ano) incluída no setlist.

O fato é que para esta noite, o Slipknot escolheu o que tinha de melhor para oferecer ao seu público, entregando os principais hits da banda como "Wait and Bleed", "Before I Forget" e "Duality", além de algumas músicas mais recentes e também nunca antes tocadas em solo brasileiro, como as ótimas e vibrantes "Unsainted" e "All Out Life".
 
Mick Thomson despejando riffs na Jeunesse Arena [Foto: Vinicius Pereira]
 
Antes da pausa para o bis, a banda escolheu uma sequência frenética com "Cluster" (destaque para o mosh pit gigantesco aberto do início ao fim da música no centro da pista) e depois emendando com "Spit it Out", que levou o público ao limite com o clássico momento jump da f*ck up.

No fim a banda prometeu voltar ao país mais vezes e mais rapidamente no futuro. Os fãs sabem e entendem os obstáculos que sempre se impuseram na relação entre eles e a banda, sejam integrantes que se afastaram ou que se perderam pelo caminho. A verdade, é que como em toda relação entre bons amigos, a confiança se renova e tudo que se precisa, às vezes, é de uma fagulha, e a realidade é que nessa noite a banda entregou uma verdadeira explosão.
 
Bring Me The Horizon aqueceu o público na abertura
 
O carismático Oliver Skyles do Bring Me The Horizon [Foto: Vinicius Pereira]
 
Para dar início à noite, o show de abertura ficou a cargo da banda britânica de rock 
Bring Me The Horizon, que carregou consigo um bom e fiel público anunciando o que estaria por vir. Vale ressaltar a presença do carismático vocalista Oliver Sykes, que é casado com uma modelo brasileira desde 2017 e possui uma residência com a mesma em São Paulo. O vocal fez questão de se comunicar o tempo inteiro (de fato, o show inteiro) em ótimo português com a plateia, interagindo e brincando com o público em toda oportunidade que tinha. A banda com certeza leva para casa, além da simpatia do público, muitos novos fãs.

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Matheus Coelho

Cientista social e tradutor, carioca e vascaíno. Apaixonado por músicas e histórias, através delas viajo por lugares e pelo tempo, colecionando experiências. Numa sequência incrível de 29 anos sem passar 1 dia sequer sem ouvir música. Que seja assim pra sempre.

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