Soulfly mantém firmeza no thrash e soa renovado em 'Totem'

Soulfly
Totem
⭐⭐⭐⭐✰ 4/5
Por  Zeone Martins 
 
No mesmo dia em que Max e Iggor Cavalera se apresentavam no Rio de Janeiro, saía o novo álbum do Soulfly,  Totem. É o primeiro trabalho, desde 2003, sem Marc Rizzo, responsável pelas guitarras também no Cavalera Conspiracy e nas turnês comemorativas dos irmãos.

Com um som renovado e uma ótima produção, "Superstition" abre o disco com interessantes passagens 'hardcore' e vocais bem na cara, uma constante do disco. Também já mostra o bom trabalho do produtor Arthur Rizk nas guitarras.

"Rot in Pain", quarta faixa, apresenta um instrumental caprichado, com inspiradas mudanças de andamento, seguida por "Damage Done", que se destaca pelas linhas vocais e a porradaria de "Totem", que fecha o inspirado lado A, que ainda conta com "Scouring The Vile" e "Filth Upon Filth"

E após sexta faixa que aparecem as problemáticas "Ancestor" e "Ecstasy Of Gold". A primeira, traz algumas repetições, não só de ideias do disco, como do próprio metal. E a segunda tem ideias interessantes, mas não empolga. Depois o disco melhora, mas dava pra passar sem as duas.
 
 
"Soufly XII", mantendo a tradição das instrumentais em cada álbum do grupo, e soa bem no disco, com uma bem-vinda mudança de ares. "Spirit Animal", que fecha o trabalho, aposta em diferentes partes e acerta, no peso que antecede a última parte.

Pela força do lado A, o grupo de Max Cavalera, soa inspirado e atual no novo trabalho, ainda que com seus poréns. Pensar que a banda investiu tantas vezes no nu metal e no que estava na moda entre 1998 e o início dos anos 2000 e acertou mesmo com os pés no thrash, enquanto experimenta outros estilos mais pesados. Movimento que se reflete aqui, em Totem.

Zeone Martins

Redator, tradutor e músico. Coleciona discos e vive na casa de vários gatos. Ex-estudante de Letras na UFRJ. Tem passagens por várias bandas da região serrana e da capital fluminense.

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