Rock in Rio: Seal faz show morno, mas empolga fãs com sucessos no fim

Seal de volta ao Rock in Rio após 4 anos [Foto: Adriana Vieira]

Por  Marcelo Alves 


Em um primeiro dia marcado pelo ecletismo, o cantor britânico Seal tinha um desafio o tanto no Rock in Rio: manter a empolgação do público que já havia pulado como se não houvesse amanhã com o Alok e dançado muito com Mano Brown e Bootsy Collins [saiba como foi o show AQUI] e a cantora pop Bebe Rexha.

Para dificultar ainda mais a missão, Seal ainda subiu ao palco ao mesmo tempo em que a chuva começou a cair na Cidade do Rock. Mas nada disso intimidou o cantor, que se escorou nos seus sucessos para deixar o seu público satisfeito. 

Principal atração do primeiro dia do Palco Sunset e em sua segunda apresentação num Rock in Rio, Seal foi simpático o tempo todo com o público. Em três oportunidades ele chegou a descer do palco para cantar perto da plateia. 

Ele cantou por pouco mais de uma hora, o que o fez terminar a apresentação quando a cantora Ellie Goulding já tocava no Palco Mundo e em meio a um corte súbito do som quando cantava “Rebel Rebel”, cover de David Bowie. Proposital ou não, o corte do som gerou alguns protestos da plateia que estava curtindo a parte final do show. 

De fato, o show de Seal poderia ser dividido em dois. Uma primeira parte um pouco morna a partir do começo com “All I Know is Now” e uma segunda parte onde há mais presença dos clássicos que o tornaram mundialmente conhecido e, naturalmente, o público se sente mais envolvido. 

Com “Prayer For The Dying” e “Love’s Divine” a temperatura foi naturalmente subindo até atingir o seu ponto mais alto com “Kiss From a Rose”, música presente na trilha sonora de Batman Forever (1997) e um dos seus grandes sucessos.

Naquele momento a cantora Xênia França já havia passado pelo palco, onde dividiu duas canções com Seal. Entre elas, “Love is paradise”, do primeiro álbum do cantor, de nome Seal e lançado em 1991.

“Crazy”, outro sucesso do primeiro disco, fechou a apresentação junto com “Rebel Rebel”. E Seal pôde ir para casa com o sentimento de missão cumprida.

Marcelo Alves

Acredita que o bom rock and roll consiste em dois elementos: algumas ideias na cabeça e guitarras no amplificador. Fã de cinema e do rock nas suas mais variadas vertentes, já cobriu três edições do Rock in Rio e uma do Monsters of Rock. Desde 2014, faz colaborações para o site "Rock on Board". Já trabalhou em veículos como os jornais "O Globo" e "O Fluminense". Twitter: @marceloalves007

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