Lollapalooza 2017: Duran Duran e The Strokes

Foto: MRossi
Simpático, Simon Le Bon mostrou que a voz continua em dia
Assim como o Metallica no dia anterior, o Duran Duran conseguiu a façanha de estereotipar um pouco o público do Lollapalooza Brasil. No meio de tanta gente descolada, com fantasias de bichinhos ou brilho no rosto, era muito fácil encontrar os fãs do grupo oitentista perdidos pelo Autódromo de Interlagos. E foi debaixo de um sol escaldante que o Duran Duran surgiu no palco Ônix para iniciar uma verdadeira compilação nostálgica, que começou com a classuda "The Wild Boys". "Que tal um jantar?", perguntou Simon Le Bon - com a voz incrivelmente em dia - antes de anunciar a poderosa "Hungry Like The Wolf", seguida de "A View To A Kill", que dispensa comentários. E o que dizer dessa seqüência para DJ nenhum botar defeito: "Come Undone", "Notorious" e "Ordinary World" (com participação da cantora brasileira, Céu, que se apresentara mais cedo no Palco Skol). O show ainda contou com alguns efeitos visuais, como a chuva de papel picado em "Pressure Off"). Além disso, eles ainda jogaram bolas de praia para plateia em "Rio", fazendo referência à cidade carioca. Nem mesmo a falta de "Save A Prayer" no repertório foi capaz de tirar do Duran Duran o posto de show mais nostálgico do Lollapalooza Brasil 2017.
Foto: Camila Cara

Julian Casablancas em ação no Lollapalooza Brasil
Coube ao The Strokes a tarefa de fechar a sexta edição do Lollapalooza Brasil. Com uma apresentação na média do esperado, a banda de Julian Casablancas não precisou ousar muito e nem demonstrar energia latente para conseguir suprir a ansiedade dos fãs. Afinal, após seis anos de espera, a maior expectativa do público era mesmo ver a banda em ação outra vez, já que a cada ano que passa, fica muito mais fácil assistir algum show solo de seus integrantes (principalmente Albert Hammond Jr) do que vê-los reunidos regularmente. No show do Lolla, o grupo até que fez bem ao apostar todas as cartas em sua melhor fase, tocando quase que na íntegra o seu disco mais famoso (Is This It). Se fosse algo minimamente planejado, esse poderia até ser um show de comemoração aos quinze anos de seu lançamento (eu sei amigo fã, foi no ano passado, mas quem ligaria para isso?). Só que o Strokes não planeja mais nada. Eles resolvem fazer e vão nessa - mesmo que o resultado às vezes não seja dos melhores. Afinal, it's only rock and roll, baby. Entre os melhores momentos, a fileira de alguns sucessos, como "Someday", "12:51" e "Reptilia" e o povo sacudindo ao som do rockão "New York City Cops". No final, o superhit "Last Nite", e as eletrizante "Heart In A Cage" e "Hard To Explain" serviram de trilha sonora para os fãs voltarem realizados aos seus lares.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
SOM-NA-CAIXA-2