5 motivos para não perder o show do Opeth em São Paulo

Foto: Divulgação
Banda sueca chega ao Brasil para única apresentação no dia 9 de abril
Por Lucas Scaliza

A banda sueca de death metal progressivo Opeth desembarca no Brasil dia 9 de abril com a Sorceress World Tour. Mais uma vez, a passagem da banda pelo país se resume a um único show em São Paulo, no Carioca Club, o que obriga muitos fãs de terras mais distantes a realizar um grande deslocamento para vê-los mais uma vez – ou pela primeira vez. Selecionamos cinco motivos para convencê-lo de que vale a pena ver Opeth ao vivo. Se você é fã de death metal, eles oferecem algumas das melhores composições do estilo em seus shows. E se prefere a parte mais progressiva do trabalho dos suecos, vai se esbaldar em uma combinação sensacional de técnica e feeling. Os ingressos ainda estão à venda.

1. O novo álbum é excelente!

Sorceress (leia a resenha) foi, seguramente, um dos melhores discos de metal de 2016. É a terceira vez consecutiva em que a banda aposta mais no rock e no metal progressivos e deixa de lado os vocais guturais. Mas isso não significa que tenham amolecido. O álbum está cheio de riffs poderosos e faixas encorpadas que lembram tanto as texturas do Black Sabbath quanto a dinâmica do Led Zeppelin (“Chrysalis”, “Era”, “Strange Brew” e “Sorceress”) e nunca deixam de soar como o Opeth de sempre.

2. O setlist tem a fase mais prog e também a mais death

O repertório ao vivo da nova turnê é curto em quantidade de faixas (tocam cerca de 11 músicas ao vivo), mas se estende por mais de duas horas, já que algumas delas são bem longas. Embora os novos álbuns tenham deixado o aspecto death mais de lado, os shows ainda incluem suas encarnações mais assombradas. Ao mesmo tempo em que tocam as baladas “Will O The Wisp”, “In My Time Of Need” e “Face Of Melinda”, tocam também as enormes porradas guturais “Ghost of Perdition” e as clássicas “The Drapery Falls” e “Deliverance”, com mais de 10 minutos cada, além de “Heir Apparent” e “Demon Of The Fall”. Da fase mais prog, incluem “The Devil’s Orchard” e “Cusp Of Eternity”. Além de diversificarem bastante os gêneros do setlist, favorecem igualmente fãs da fase mais antiga e das mais recente. Mas, veja bem, quem sai ganhando de verdade é quem gosta de Opeth no total, sem rixa com suas fases.

3. A banda está em forma

Após mudar a formação algumas vezes ao longo desses mais de 30 anos de existência, o Opeth parece ter chegado a um line-up ideal. Não tem um único músico na banda que não mereça sua atenção, seja em estúdio ou ao vivo, sempre oferecendo um show em termos de precisão e profissionalismo sem comprometer a performance. Pouco antes do lançamento de Sorceress, o líder Mikael Åkerfeldt disse em uma entrevista que a banda vivia seus melhores anos pois todos os envolvidos tinham certeza de que queriam uma carreira como músicos. Isso mostra o comprometimento de todos os integrantes que você verá no palco do Carioca Club dia 9 de abril.

4. Mikael Åkerfeldt é um grande compositor

É verdade! Ao longo do tempo, Mikael Åkerfeldt tem se mostrado cada vez mais versátil. Sorceress é o disco com mais referências a década de 1970 e até ao psicodelismo, características que souberam encaixar muito bem na identidade da banda e que nunca antes tinham usado. Mas além do que se ouve no disco mais recente, cabe prestar atenção em como Åkerfeldt continuamente refinou seu estilo: mesmo as canções com maior poder fogo sempre guardavam momentos de variação de dinâmica, alternando guitarras distorcidas e arranjos de violão clássico, passagens harmônicas e outras mais cheias de tensão. O vocalista e guitarrista também passou a compor faixas menores, mas tão exploratórias e substanciais quanto os antigos colossos de 10 minutos. O show da Sorceress World Tour é um bom exemplo de como tudo isso funciona. A abordagem muda, a qualidade não.

5. Faça um favor a si mesmo!

O Opeth é uma dessas bandas que poderia tocar em um espaço bem maior do que tem tocado e, quem sabe, em mais cidades do que apenas São Paulo. Em qualquer lista de melhores bandas contemporâneas de heavy metal, eles se tornaram uma indicação obrigatória, dividindo espaço com Mastodon, Dream Theater, Haken, Lamb of God, entre outras. Contudo, se o público não apoiar a banda – e isso inclui ir ao show, mostrar que se importa com a banda – eles podem não ser tão entusiastas com o Brasil como poderiam ser. Eles sabem do poder do fã brasileiro e estão conseguindo encaixar pelo menos uma data por aqui a cada turnê, mas poderiam saber de nosso comprometimento também. Contudo, não se engane: ir ver Opeth ao vivo dia 9 de abril não é um favor que você fará para a banda. É um favor a si mesmo.

OPETH EM SÃO PAULO
Data: domingo, 9 de abril de 2017
Local: Carioca Club
Endereço: R. Cardeal Arcoverde, 2899  – próximo ao Metrô Faria Lima
Horário: 18h30 (open doors) | Showtime: 20h
Censura: 16 anos (desacompanhados). Menores dessa idade somente acompanhados dos pais ou responsáveis.
SETORES/VALORES (2º lote):
- Pista: R$ 130 (meia-entrada / promocional*) | R$ 260 (Inteira)
- Camarote: ESGOTADO
*doe 1 Kg de alimento não perecível 
Venda pela internet AQUI
Consulte o ponto de venda mais próximo AQUI.

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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