Rock in Rio 2015: Queen + Adam Lambert emociona público em noite nostálgica

Foto: Adriana Vieira

Por Bruno Eduardo

O primeiro dia de Rock in Rio foi dedicado quase que exclusivamente às reuniões e homenagens. Com isso, a Cidade do Rock acabou recebendo um público mais homogêneo - onde notava-se mais famílias do que fãs de bandas. Isso, lógico, ajudou a consolidar o resultado final, já que montou uma plateia disposta a receber tributos e versões populares. O que deu também aos artistas, liberdade para projetar seus números com tranquilidade.

Tudo bem, temos que concordar, não é o Queen que está ali em cima do palco - não mesmo. Mas é uma ótima homenagem. Adam Lambert não é Freddie Mercury, mas cumpre bem o papel de entreter os fãs. O rapaz que foi revelado num programa de reality é talentoso, carismático e tem boa presença de palco. "Mas não é Freddie", diria um detrator. E daí? Isso não é o Queen mesmo. É apenas Brian e Roger tocando músicas imortais + Adam Lambert. E sim, é legal por isso mesmo. 

Você não precisa de mais do que duas músicas para ter a ligeira convicção de que esse tributo realmente vale à pena. Ele talvez não seja necessário, é verdade - mas emociona. Só quem esteve na Cidade do Rock na noite desta sexta-feira, sendo golpeado pela bateria sempre certeira de Roger Taylor em "One Vision" ou  pelas palhetadas espaciais de Brian May em "Stone Cold Crazy", pode dizer o que realmente sentiu.

Foto: Adriana Vieira

Já Adam, cumpriu bem o seu papel de convidado. Afinal, ele não está ali para substituir ninguém. Ele apenas quer honrar a oportunidade de poder acompanhar dois monstros do rock em uma viagem nostálgica e emotiva, que tem como único objetivo prestar homenagem aos fãs e a obra desta, que é uma das bandas mais importantes da história. Aliás, foram inúmeras as vezes que Adam parou a apresentação para reverenciar o lendário cantor. "Vocês amam Freddie? Eu amo Freddie também", disse em "Don't Stop Me Now". 

Tecnicamente, Adam é acima da média. Mesmo pecando em certos momentos pelo excesso, é notório que algumas músicas caem muito bem na sua voz, como por exemplo: "I Wanna it All" e "Radio Gaga". Outras são realmente impossíveis de serem interpretadas por qualquer mortal, que não Freddie - como "I Want Break Free" e "Bohemian Of Rhapsody". 

Foto: Adriana Vieira

Além de Adam, os outros dois integrantes originais do Queen também assumem o vocal durante o show. Em "Love Of My Life", é Brian May que conduz a versão acústica em um dueto inusitado com Freddie Mercury - que aparece no telão cantando os últimos versos da canção, mesma tática utilizada no final em "Bohemian Of Rhapsody". Já Roger Taylor manda ver em "It's A Kind Of Magic" e também não deixa a peteca cair. No bis, as clássicas "We Will Rock You" e "We Are The Champions" serviram para pontuar uma noite de hinos definitivos e lágrimas para todas as idades. 


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Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

1 Comentários

  1. lindo texto- resume bem o que realmente foi o show, uma digna e bonita homenagem - emocionante! principalmente pra quem assistiu ao vivo em São Paulo no Ibira - como eu...

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