SLIPKNOT - Monsters Of Rock 2013

Foto: Divulgação
No script! Slipknot é ovacionado por 30 mil pessoas no Anhebi


Por Bruno Eduardo

Em sua última passagem pelo país, há dois anos, o Slipknot superou todas as expectativas em uma apoteótica apresentação no Rock in Rio - elevando o status que o grupo obteve na Europa, de "show imperdível". Tal fama adquirida, rodou o mundo no registro '(sic) nesses' (lançado em 2010) - que traz em vídeo, a banda ao vivo no Download Festival de 2009. Porém, em São Paulo seria a primeira vez que eles se apresentariam em um grande festival.
  
Mesmo algumas horas antes do show, era possível constatar enorme devoção dos brasileiros em relação à banda. Do lado externo da Arena, fãs utilizavam máscaras, e até mesmo macacões - algo normal em show de bandas como Kiss, por exemplo. Foram campeões também, em quantidade de camisetas expostas com a logomarca do grupo - o Korn foi outra banda que contou com essa uniformização em massa. 

Ao invés do vermelho clássico, o grupo optou pelos macacões brancos, que foi talvez a grande diferença no formato apresentado na fatídica passagem do grupo pelo país em 2011 - o Slipknot não lança nada de inédito há cinco anos. Em contrapartida, já parecem recuperados do trauma de 2010, quando Paul Gray - na época baixista do grupo e cofundador - foi encontrado morto por overdose, em um quarto de hotel. Inclusive, ele foi homenageado na execução de "Duality" - contando com um refrão de 30 mil vozes.

O Slipknot continua usando e abusando dos efeitos pirotécnicos - com labaredas, chuva de espuma (em "Gently"), e a ufológica bateria de Joy Jordison. Mesmo que os PA's demonstrassem algumas falhas, foi no peso desmedido das guitarras que o grupo se garantiu. A voz de Corey Taylor continua poderosa - atualmente um dos melhores vocalistas de rock pesado deste planeta. Músicas como "Eyeless" ou o megahit "Wait And Bleed", demonstram a capacidade de timbres variados de Taylor, que segura o peso da banda com desenvoltura. Além disso, ele é um frontman dos bons! Ordena que o público sente no chão no meio da apresentação (em "Spit it Out"), e depois pede apoio - para um mergulho monumental.

Na qualidade de headliners da noite, o Slipknot fez por merecer o posto. Aliás, mesmo não sendo tão brilhantes como naquela fatídica apresentação da penúltima edição do Rock in Rio, eles provaram que são sim, ainda, uma das melhores bandas para se assistir ao vivo, na atualidade.

[Matéria publicada originalmente por Bruno Eduardo no Portal Rock Press]

Bruno Eduardo

Jornalista e repórter fotográfico, é editor do site Rock On Board, repórter colaborador no site Midiorama e apresentador do programa "ARNews" e "O Papo é Pop" nas rádios Oceânica FM (105.9) e Planet Rock. Também foi Editor-chefe do Portal Rock Press e colunista do blog "Discoteca", da editora Abril. Desde 2005 participa das coberturas de grandes festivais como Rock in Rio, Lollapalooza Brasil, Claro Q é Rock, Monsters Of Rock, Summer Break Festival, Tim Festival, Knotfest, Summer Breeze, Mita Festival entre outros. Na lista de entrevistados, nomes como Black Sabbath, Aerosmith, Queen, Faith No More, The Offspring, Linkin Park, Steve Vai, Legião Urbana e Titãs.

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